Doutora Falada emocionadamente sobre tensão em sala central do Hospital Maggiore de Bolonha, até anúncio da morte do piloto brasileiro na grande Unidade de Terapia Intensiva. Polícia e Carabinieri presentes. Jornalistas esperavam no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, resultado domingo à tarde. Chefe de reportagem falou com doutora no painel, elevador subiu até 11º andar. Oficial Carabinieri ligou telefone com notícia para jornais: Estado de S. Paulo, Estadão, Jornal da Tarde, Agência Estado. Médicos profissionais, incluindo Williams, Head e Newey, esperavam notícias.
A médica Fiandri, visivelmente perturbada, comunica, na recepção principal do hospital, às 19h05, que – Pessoal, Senna faleceu. + Inscreva-se no boletim de automobilismo do ge no whatsapp! Parece que fui o primeiro, ou um dos primeiros, a chegar no hospital Maggiore de Bolonha, pelo menos entre os repórteres presentes no Autódromo Enzo e Dino Ferrari. Não encontrei com ninguém durante vários minutos.
Ainda recordo claramente o impacto da notícia no hospital Maggiore de Bolonha, onde a doutora Fiandri fez o anúncio devastador. Foi um momento que ficou gravado na memória de todos os presentes. Acredito que fui um dos primeiros a chegar no hospital após a trágica notícia. A morte de Senna marcou um ponto de virada na história do automobilismo.
Situação no Hospital Maggiore de Bolonha
O resultado final da corrida se tornou secundário diante da preocupação com o real estado de saúde de Senna, que ainda era desconhecido. Ao adentrar o hospital, não havia nenhum sinal de anormalidade na grande sala central, tudo seguia o curso habitual de um domingo à tarde. Dirigi-me sem hesitação em direção aos elevadores e selecionei o 11º andar, onde ficava a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), indicada em um painel no térreo. Enquanto subia, deparei-me com um policial Carabinieri próximo à entrada principal, visivelmente abalado com a notícia do acidente de Senna durante a corrida.
Repercussões do Evento no Hospital Maggiore de Bolonha
No instante em que subia até o 11º andar, refleti sobre a importância de cumprir meu papel de jornalista de maneira impecável, sem margem para erros que comprometessem minha carreira. Conscientizei-me de que a cobertura do Mundial de F1 para a mídia brasileira dependia da minha precisão e objetividade. Mesmo diante das emoções à flor da pele e das reações no Brasil em decorrência do acidente, mantive o foco em minha missão.
Enquanto o Brasil acordava em um domingo de manhã, fiz ligações a cobrar de um telefone público para os jornais em que atuava, como o Estadão, Jornal da Tarde e a Agência Estado, informando o chefe de reportagem, Castilho de Andrade, sobre minha presença no hospital. A responsabilidade de relatar minuciosamente os acontecimentos recaiu sobre mim, o que me motivou a concentrar todos os esforços em minha tarefa.
Profissionalismo dos Médicos no Hospital Maggiore de Bolonha
Enquanto circulava pelo hospital, notei a falta de sensibilidade e empatia por parte dos funcionários locais diante da gravidade da situação. Mesmo falando italiano, o tratamento era ríspido e desinteressado. No entanto, os médicos designados para o caso demonstravam profissionalismo e dedicação, contrastando com a postura dos demais colaboradores. Sua presteza e comprometimento revelavam um cuidado genuíno com a vida e a saúde do piloto, em meio a um cenário marcado pela apatia.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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