Advogada acusada de supostamente orientar testemunhas em casos de tortura, beneficiando traficante. Delegado indicou sua indicição por suposto envolvimento em estrategias de calúnia. Flagrada recebendo pagamento por mudar depoimentos sobre tráfico de drogas, pedras de crack. Outras pessoas confirmaram falso testemunho majorado. Usuário de drogas disse receber orientação em casos de tráfico. Delegado usou evidências recebidas como prova. Nenhum pagamento confirmado por outras fontes.
A advogada indiciada pela Polícia Civil por supostamente orientar testemunha a acusar um delegado de tortura é ligada a um caso em Ivinhema, cidade localizada a 289 km de Campo Grande. O objetivo da advogada seria beneficiar um traficante preso em outubro do ano passado, que foi flagrado por tráfico, mas a estratégia seria convencer a Justiça de que é apenas usuário de drogas.
A advogada em situação de investigação e suspeita teria atuado de forma questionável ao tentar influenciar o desfecho do caso, interferindo nas investigações policiais. A Polícia Civil continua a apuração do caso para esclarecer todas as circunstâncias envolvendo a atuação da advogada indiciada.
Advogada indiciada por falso testemunho em investigação policial
Uma advogada, uma mulher e uma testemunha foram indiciadas por falso testemunho majorado em um caso que chocou a cidade de Dourados. As identidades não foram reveladas, mas a polícia esclareceu que a investigação teve início após o Ministério Público levantar suspeitas sobre um crime de falso testemunho durante uma audiência.
Durante o inquérito policial, a testemunha inicialmente confirmou ser usuária de drogas e alegou ter comprado substâncias ilícitas de indivíduos presos. No entanto, em uma reviravolta surpreendente, durante a audiência de instrução e julgamento, a testemunha mudou seu depoimento, acusando o delegado de tortura e afirmando que o traficante também era usuário de drogas.
Ao ser confrontada em juízo, a testemunha foi pressionada a identificar o delegado que teria a torturado. Para surpresa de todos, ela apontou um delegado que não estava presente no local no dia dos acontecimentos. Essa mudança de versão levou a polícia a concluir que a testemunha estava mentindo deliberadamente.
Durante o desdobramento da investigação, a testemunha, agora também investigada, admitiu ter sido coagida por familiares do réu a alterar seu depoimento. Ela confessou ter recebido drogas como pagamento para mentir durante a audiência, além de ter sido orientada pela esposa do réu e pela advogada a incriminar o acusado.
As investigações revelaram que a testemunha não agiu sozinha: a advogada do réu supostamente teria orientado a testemunha sobre o que falar na audiência, inclusive sobre as drogas que ela receberia como pagamento. Testemunhas confirmaram que a advogada e a mulher do réu estiveram envolvidas nessa estratégia criminosa.
Diante da gravidade dos fatos, as três envolvidas foram indiciadas por falso testemunho majorado e calúnia contra funcionário público. As autoridades judiciais determinaram uma medida cautelar que impede o contato entre as investigadas e testemunhas, sob pena de prisão preventiva.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul foi notificada para apurar possíveis violações éticas por parte da advogada indiciada. Essa história chocante serve de alerta sobre a importância da ética e da verdade no sistema judiciário. A Justiça deve prevalecer, sem espaço para mentiras e manipulações.
Fonte: © Direto News
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