A Allievo Capital, fundada por Matheus Baldi e Guilherme Queiroz, é uma casa jovem que aposta em search funds, estratégia de investimento individual em crescimento na indústria.
A Allievo Capital é uma empresa nova no cenário do private equity no Brasil, atuando há cinco anos e gerenciando aproximadamente R$ 300 milhões. Atualmente, a empresa busca expandir suas operações adotando uma estratégia de investimento que está se tornando cada vez mais popular no país, os chamados search funds.
Com o objetivo de ampliar sua atuação no mercado, a Allievo Capital está focada em identificar oportunidades de investimento por meio de busca ativa, visando aumentar seu portfólio e fortalecer sua presença no setor de private equity. A estratégia de fundos de busca tem se mostrado promissora para a empresa, que busca se destacar no cenário financeiro nacional.
Explorando o Crescimento dos Search Funds no Brasil
A gestora de fundos iniciou a captação de um fundo de fundos (FoF, na sigla em inglês) para essa tese com o objetivo de levantar até R$ 200 milhões para aproveitar o crescimento dessa estratégia dentro do País. Matheus Baldi, cofundador da Allievo Capital, destaca que estão estudando e acompanhando a indústria de search funds desde a fundação da empresa. Agora, com a estratégia madura, estão prontos para escalar.
Os investimentos seguirão a receita tradicional dos search funds. A Allievo pretende encontrar profissionais, muitos deles saídos de universidades de primeira linha do mundo, que estejam em busca de uma companhia para empreender via aquisição. Escolhidos os empreendedores, conhecidos nesse formato de investimentos como searchers, a Allievo em conjunto com outros investidores vão fornecer recursos, o chamado search capital.
Os cheques entre US$ 400 mil e US$ 900 mil serão disponibilizados para que os empreendedores busquem um ativo para ser comprado dentro de um prazo de cerca de dois anos. Esse montante inicial serve para financiar o salário do searcher durante a busca, seus gastos com estruturação da empresa, equipe para ajudá-lo em sua missão e custos referentes a esse processo, como gastos com viagem e diligências.
Em contrapartida, o investimento inicial garante aos investidores o direito de investir no momento da aquisição (acquisition capital). Após o ativo ser encontrado, a gestora decidirá se vai ou não seguir adiante, analisando a companhia alvo. Se decidir seguir em frente, a estratégia da Allievo é de realizar um aporte de cerca de R$ 10 milhões, contribuindo para a aquisição do investimento e detendo uma participação minoritária.
Os recursos levantados pela Allievo através do FoF servirão para financiar todos esses passos do processo, comprando cotas dos search funds criados por esses empreendedores. A ideia é financiar entre 35 e 50 searchers na primeira fase para investir em 12 a 17 das empresas encontradas por esses empreendedores. O mandato do fundo também prevê exposição internacional, mas o foco é o Brasil.
O veículo que está sendo levantado nasce ancorado pela base atual de investidores da Allievo. A gestora já assinou dois commitments no último mês com searchers e pretende alocar os recursos do fundo entre quatro e cinco anos. Para tocar a estratégia, a Allievo trouxe, em janeiro deste ano, André Dionysio, que foi responsável pela parte de M&A da Voke, empresa de aluguel de equipamentos que foi adquirida por um search fund investido pela Spectra.
Segundo Guilherme Queiroz, cofundador da Allievo, o fato da casa ter um fundo dedicado exclusivamente a search funds é um diferencial em relação a outros nomes no mercado que atuam com essa tese, mas que também contam com outras estratégias. A busca por investimento individual nesse tipo de estratégia tem impulsionado o crescimento desse jovem mercado, mostrando a relevância dos search funds no formato de investimentos buscadores.
Fonte: @ NEO FEED
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