Renda fixa é a escolha óbvia para o investidor no mercado de crédito. O risco de contração no mercado doméstico é alto, especialmente com juros mais altos em títulos públicos no Brasil.
Com a Selic alcançando 10,75% ao ano, os investidores brasileiros estão em busca de opções de investimento que possam aproveitar essa alta taxa de juros. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa de juros foi amplamente esperada por especialistas e gestores, e agora a renda fixa brasileira se torna uma opção ainda mais atraente para quem busca rentabilidade em um cenário de alta taxa de juros.
A alta taxa de juros oferecida pela Selic é um grande atrativo para os investidores, pois permite uma taxa de remuneração mais alta para os investimentos em renda fixa. Além disso, a taxa de juros mais alta também pode ajudar a controlar a inflação, tornando os investimentos em renda fixa ainda mais atraentes. É importante lembrar que a escolha do investimento certo depende de muitos fatores, incluindo o perfil de risco e os objetivos financeiros do investidor. Portanto, é fundamental fazer uma análise cuidadosa antes de tomar qualquer decisão de investimento.
Impacto da Selic sobre o Mercado de Renda Fixa
Com a alta da Selic para 10,75% ao ano, o mercado de renda fixa brasileiro está passando por uma transformação. A abertura de spreads entre os títulos do Brasil e dos EUA pode atrair capital estrangeiro para a renda fixa local, impulsionando o mercado doméstico. No entanto, o risco de contração da economia sob os novos apertos na Selic pode afastar os investidores de rendas fixas privadas e públicas nos próximos meses.
Os especialistas ouvidos pelo Valor Investe afirmam que os títulos públicos seguem imbatíveis, com baixo risco, liquidez elevada e taxas mais altas nos curto e médio prazos. Enquanto as incertezas fiscais não forem sanadas, os papéis do Tesouro Direto não têm concorrentes à altura no mercado de capitais. Já o mercado de crédito privado deve seguir aquecido, mas exige atenções redobradas aos riscos.
Risco de Contração e Impacto sobre as Empresas
A alta Selic pode deteriorar os resultados das empresas e comprometer sua capacidade de pagamento de dívidas. Isso afetará as ações na bolsa, em especial as de empresas com endividamento elevado. As companhias que captam no mercado de capitais precisam ter rentabilidade suficiente para pagar esses juros da dívida, custear sua própria operação e ainda gerar lucro para os acionistas.
O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, acredita que, mesmo com o arrocho no mercado de crédito, os investidores podem recorrer à bolsa, que não faz parte do cabedal tradicional dos ativos que se beneficiam com apertos nos juros. No entanto, Alexandre Mathias, estrategista-chefe da corretora Monte Bravo, resume que a renda fixa doméstica segue com a melhor relação entre risco e retorno.
Investindo na Renda Fixa
Entre os títulos públicos, especialistas evitam os prefixados no curto prazo, que tendem a apresentar alta volatilidade enquanto a duração e a intensidade do ciclo de apertos monetários no Brasil permanecerem incertos. A incerteza fiscal continua mantendo o risco Brasil elevado, o que limita uma arrancada mais forte dos ativos locais. A Selic continua a ser o principal fator a influenciar o mercado de renda fixa, e os investidores devem estar atentos às mudanças nos juros e taxas de remuneração.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo