IA ainda não tem a capacidade de adquirir consciência, como nos filmes de ficção científica, por falta de automonitoramento desse comportamento.
Tudo sobre Inteligência Artificial ver mais À medida que a tecnologia e a Inteligência Artificial avançam, os filmes de ficção científica com máquinas conscientes parecem se aproximar cada vez mais da realidade. Questionar se as máquinas estão próximas ou já conseguiram a capacidade de adquirir consciência é válida. Entretanto, segundo artigo do The Conversation, essa ainda não é a realidade.
Em um futuro próximo, a IA pode evoluir a ponto de nos fazer questionar sobre a consciência em robôs. A interseção entre a tecnologia e a ética nos levará a refletir sobre os limites da Inteligência Artificial. A evolução das máquinas e da IA certamente nos reserva surpresas e desafios inéditos.
Reflexões sobre a Consciência em Robôs e a Inteligência Artificial
De qualquer forma, é crucial manter-se atualizado sobre os avanços da ciência, especialmente no campo da Inteligência Artificial. A questão que intriga muitos é se a IA pode realmente ter consciência. Para ser considerado um ser consciente, é necessário atender a dois critérios fundamentais. A primeira característica está relacionada à capacidade de adquirir informações globais. Isso implica que, ao perceber algo, seja viável descrever suas propriedades, como cor, formato e cheiro.
O segundo critério vai além, permitindo o automonitoramento desse comportamento. Isso implica avaliar se uma determinada ação foi correta ou não, possibilitando correções futuras. Por exemplo, ao cozinhar, é essencial ter acesso a uma receita ou a informações previamente disponíveis. Durante o processo, é possível provar a comida e identificar possíveis erros, como falta ou excesso de sal, para corrigi-los.
A disponibilidade global de informações também está presente em seres vivos desprovidos de linguagem. Bebês, por exemplo, conseguem reagir a estímulos mesmo antes de aprenderem a se comunicar. Animais não humanos, como cães e primatas, podem responder a estímulos simples com sim ou não, se forem treinados para isso.
Um estudo recente publicado na revista Science sugere que as máquinas poderiam, em teoria, adquirir consciência, embora atualmente apenas processem informações de forma inconsciente. Os autores do estudo acreditam que a consciência resulta de processamentos específicos de informação computacional.
No entanto, no caso dos seres humanos, esse processo ocorre fisicamente no cérebro. A pesquisa indica que há a possibilidade de a consciência surgir simplesmente a partir de processamentos computacionais.
Imagem: Rodrigo Mozelli (gerado com IA)/Olhar Digital
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Se um cozinheiro adicionar sal sem perceber, esse processo é considerado inconsciente. Embora esse modo de agir apresente benefícios, como menor demanda de atenção e memória, ele também possui limitações e pode gerar dúvidas sobre se o sal foi adicionado ou não.
A capacidade de adquirir consciência está intimamente ligada à capacidade de um robô seguir uma receita, atendendo ao primeiro critério de consciência. Além disso, a máquina poderia ajustar a quantidade de sal na comida com base na pressão do comensal.
Seria interessante se o robô fosse capaz de fazer uma autoavaliação de seu próprio desempenho, identificando se a adição de um determinado ingrediente melhorou o sabor do prato, permitindo uma atualização contínua.
No entanto, um artigo do The Conversation ressalta que, nos organismos vivos, a consciência surge da interação do organismo com seu próprio corpo, não apenas do ambiente externo. A fome é um exemplo claro dessa interação, em que o cérebro interpreta reações fisiológicas para indicar a necessidade de se alimentar.
Fonte: @Olhar Digital
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