Dados do INPE reveal expressivo aumento de queimas em quase todos os biomas (Amazônia, Legal, Cerrado, Pantanal) comparado a 2023. Incêndios florestais: +35%; focos de queimadas: +40%. Área queimada dos nove estados: 12.500 km².
De janeiro de 2024 até a última segunda-feira (29), a Amazônia registrou a preocupante quantidade de 8.969 queimadas, um aumento significativo de 153% em relação a 2023, quando foram contabilizados 3.540 focos.
É alarmante a situação atual, com o aumento desenfreado dos incêndios na região. As consequências devastadoras das queimas para a fauna, a flora e o clima são evidentes, exigindo ações urgentes para conter essa tragédia ambiental.
O aumento alarmante das queimadas em diversas regiões do Brasil
Os dados fornecidos pelo programa de monitoramento de queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) revelam um cenário preocupante em relação aos incêndios que têm afetado diferentes biomas do país. Não se restringindo apenas ao bioma amazônico, as informações apontam um aumento significativo de 81% no número total de queimadas em todo o território nacional, totalizando 17.064 ocorrências nos primeiros quatro meses do ano.
Os focos de incêndio na área dos nove estados que compõem a região da Amazônia Legal representam mais de 60% das queimadas em território brasileiro. Essa estatística ressalta a gravidade do problema e a urgência de medidas efetivas para conter a disseminação dos incêndios florestais.
No bioma Cerrado, o segundo maior bioma do Brasil e uma das regiões mais biodiversas do mundo, os dados do Inpe apontam um aumento de aproximadamente 1.300 focos de incêndio em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 4.506 ocorrências.
Além das regiões norte e nordeste do país, é preocupante observar o impacto dos incêndios no Pantanal. Mesmo durante os meses tradicionalmente mais chuvosos, os primeiros do ano, a região registrou 646 pontos de fogo na vegetação, o que representa um aumento expressivo de 1.033% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses números ressaltam a vulnerabilidade do bioma Pantanal e a importância de ações para preservar sua rica biodiversidade.
Esse aumento significativo de queimadas ocorre em um contexto pós-estiagem histórica que afetou a região entre junho e agosto do ano passado. O próprio Inpe considera esses incêndios como um efeito colateral da seca, evidenciando a necessidade de medidas preventivas e de combate aos incêndios florestais em todo o país.
Diante desse panorama crítico, é fundamental que órgãos governamentais e a sociedade como um todo atuem de forma coordenada para proteger as áreas naturais do Brasil e garantir a preservação de nossos biomas. O monitoramento de queimadas desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo uma ação rápida e eficaz no combate aos incêndios que ameaçam nossa biodiversidade.
Fonte: @ CNN Brasil
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