Alta circulação de vírus causa graves quadros de SRAG em crianças de 0-2 anos, especialmente em alguns estados. Incidência: 15%, únicas unidades federativas: Rio de Janeiro, Santa Catarina. Etaria afetada: faixa inferior. Infecções: bronquiolite, pneumônias. Circulação livre no cenário atual, atingindo 80% de crianças pequenas.
Na última quinta-feira, 2, o boletim Infogripe da Fiocruz anunciou um aumento expressivo no número de casos e óbitos por vírus sincicial respiratório (VSR) em todo o Brasil.
Esse aumento no número de casos de vírus sincicial respiratório (VSR) preocupa as autoridades de saúde, que já lidam com um baixo nível de imunização da população em relação à gripe e ao coronavírus. A coexistência de influenza A, influenza B e covid-19 torna o cenário ainda mais desafiador.
Impacto do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Outros Vírus Respiratórios
De acordo com as últimas informações disponíveis, o cenário atual é resultado do aumento na circulação de diferentes vírus respiratórios, sendo o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) um dos principais causadores de preocupação. A circulação intensa do VSR tem impulsionado significativamente a incidência e mortalidade por síndrome respiratória grave, especialmente em crianças com faixa etária de 0 a 2 anos.
O levantamento realizado com base nos dados epidemiológicos destaca que o VSR tem desempenhado um papel fundamental no aumento dos casos de síndrome respiratória grave em crianças, superando inclusive os números associados ao covid-19 nessa faixa etária. Além do VSR, a influenza A, influenza B, e o coronavírus também são apontados como causadores de infecções respiratórias em crianças pequenas.
Em relação aos óbitos, as estatísticas revelam que o covid-19 ainda é a principal causa de mortalidade por síndrome respiratória grave entre os idosos. Mesmo com a aparente queda ou estabilidade nos níveis baixos de incidência, o coronavírus continua representando um risco significativo para essa faixa etária.
Nos dados das últimas semanas epidemiológicas, observa-se que o VSR foi responsável por 58% dos casos de síndrome respiratória grave, seguido por 24,3% de influenza A, 7,9% de covid-19 e 0,4% de influenza B. Em relação aos óbitos, 46,4% foram associados ao covid-19, 38% à influenza A, 11,6% ao VSR e 1,1% à influenza B, evidenciando a variedade de agentes infecciosos em circulação.
A Fiocruz identificou que 22 unidades federativas apresentam um crescimento contínuo nos casos de síndrome respiratória grave, indicando uma tendência de longo prazo preocupante. Dentre essas unidades, destacam-se Alagoas, Amazonas, São Paulo, e outras, reforçando a necessidade de medidas de controle e prevenção mais eficazes.
O VSR é reconhecido como o principal agente causador de infecções respiratórias agudas em crianças com idade de 0 a 2 anos. Este vírus é responsável pela maioria dos casos de bronquiolite e uma parcela significativa das pneumonias nessa faixa etária, conforme apontado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A sazonalidade do VSR é outra característica marcante, com uma circulação mais intensa no outono e inverno, principalmente nos meses de maio e junho. Sua alta incidência, especialmente em crianças pequenas, reforça a importância de medidas preventivas e de vigilância constante para mitigar os impactos das infecções respiratórias.
Fonte: @ Estadão
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