Decisão sobre inflação persistente afeta investimentos de risco mundial. Fed pistas sobre reduções de nível. Apetite para atingir metas de investimento, emprego e pleno emprego, mas ambos tem riscos. Inflação plena, objetivos de realização.
O Federal Reserve, ou Fed, decidiu manter os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, conforme previsto, durante a última quarta-feira (1º). Há grande expectativa no mercado em relação à entrevista com Jerome Powell, presidente da instituição, agendada para as 15h30, para obter insights sobre possíveis alterações nos juros.
Além das discussões sobre juros, os investidores também estão de olho nas taxas de rendimento no mercado financeiro. A expectativa é que as próximas movimentações do Fed possam impactar diretamente essas taxas e influenciar o rendimento dos investimentos nos próximos meses. A diversificação da carteira se torna ainda mais relevante diante desse cenário volátil.
Preocupações com Inflação Influenciam Decisões sobre Taxas de Juros
Depende dessas pistas o nível de apetite aos investimentos de risco no mundo, inclusive no Brasil, daqui em diante. As taxas nesse patamar atrasam a busca por investimentos de maior risco. Contudo, o banco central americano está confrontando uma inflação persistente que o preocupa, por isso tem mantido os juros altos.
Desafios do Banco Central Americano em Manter os Juros Elevados
Essa foi a sexta vez consecutiva que os juros foram mantidos nesse nível, o maior desde 2001. Em sua comunicação, o banco central americano admitiu que a inflação no país não teve ‘progresso adicional’ em direção à meta de 2%. Ainda, afirmou que a atividade econômica ‘expande a um ritmo sólido’, que os ganhos do emprego continuam ‘fortes’ e que a taxa de desemprego continua ‘baixa’. Apesar da reaceleração recente, a inflação moderou no último ano, mas permanece elevada, disse.
Equilíbrio entre Metas de Inflação e Emprego
O Fed reforçou também o seu compromisso com as metas de inflação e pleno emprego e julgou que os riscos para ambos os objetivos estão mais equilibrados. ‘O cenário econômico é incerto, e o Comitê segue muito atento aos riscos de inflação’, afirmou. A autoridade disse que não espera reduzir os juros antes de ganhar ‘maior confiança de que a inflação está se movendo a 2% de forma sustentável’.
Adaptação da Política Monetária às Necessidades Econômicas
‘O Comitê estará preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a realização das metas’, acrescentou. Até agora, comentários de dirigentes do Fed indicavam que não tinha muito mais o que a autoridade conseguisse fazer neste momento. Eles não esperavam começar a cortar os juros até estarem mais confiantes de que a inflação está migrando de volta ao objetivo de 2% ao ano. Entretanto, estavam esperançosos que conseguiriam diminuir os juros mais tarde, não se sabe quando.
Expectativas do Mercado em Relação a Reduções nas Taxas de Juros
Ao longo do primeiro trimestre, dados mostraram uma reaceleração da inflação e uma força do mercado de trabalho. Assim, o mercado reviu a sua expectativa de redução das taxas e, até o momento, previa majoritariamente apenas uma diminuição de 0,25 ponto percentual neste ano, em dezembro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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