Países divulgam nota conjunta sobre clima, buscando eficiência no uso de investimentos para enfrentar desafios climáticos.
O ministro da Economia, Fernando Haddad, destacou hoje a importância da cooperação entre Brasil e Estados Unidos para impulsionar investimentos em energia limpa. Durante um pronunciamento ao lado da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, Haddad ressaltou o potencial do setor privado na promoção de fontes limpas de energia. A parceria entre os dois países visa fortalecer a transição para uma matriz energética mais sustentável e eficiente.
Nesse sentido, a colaboração bilateral busca fomentar o desenvolvimento de energia renovável como uma alternativa viável e econômica. A aproximação entre Brasil e Estados Unidos demonstra o compromisso mútuo com a promoção de fontes sustentáveis de energia para enfrentar os desafios ambientais globais. A iniciativa conjunta reflete a consciência da necessidade de adotar práticas mais responsáveis e inovadoras no setor energético.
Parceria pela Energia Limpa e Sustentável
Ele mencionou que os dois países estão unidos em seus esforços para priorizar as questões climáticas. Lula expressou que pede diariamente a Haddad para não se preocupar, pois acredita que as coisas vão se resolver. Haddad ressaltou que a contribuição justa dos super-ricos em impostos é uma maneira de combater a fome. Além disso, ele destacou que o G20 poderá emitir uma declaração conjunta sobre a tributação dos super-ricos. Yellen, por sua vez, anunciou que os dois países estão estabelecendo em conjunto uma parceria para o clima, com objetivos ambiciosos.
Estamos buscando um trabalho ambicioso em relação ao clima, um tema que o Brasil tem levado ao topo das discussões internacionais. Haddad e Yellen estão participando, hoje, do último dia de reuniões da trilha financeira do grupo das 20 maiores economias globais (G-20), no Rio de Janeiro.
Durante uma troca de elogios diplomáticos que durou cerca de dez minutos, Haddad mencionou que Yellen tem mostrado apreço pelo Brasil, algo que o governo brasileiro também sente em relação aos Estados Unidos. Ele ressaltou que ambos os países são as duas maiores economias ocidentais e que é uma honra ter se encontrado com a secretária do Tesouro americano algumas vezes nos últimos 18 meses.
Apesar da convergência em questões climáticas entre os governos Lula e Biden, em outros temas discutidos no G20, como a tributação internacional dos super-ricos, os dois países têm opiniões divergentes sobre a formalização de um acordo internacional. Yellen mencionou que isso ainda não é necessário ou desejado. O Brasil chegou a propor a taxação de grandes fortunas em 2% e destinar parte dessa arrecadação para combater as mudanças climáticas, especialmente em países mais pobres, mas essa proposta não deve avançar.
Após os discursos da secretária do Tesouro americano e do ministro da Fazenda, os governos dos dois países divulgaram uma declaração conjunta sobre energia limpa, durante o encontro do G20. A Parceria pela Energia Limpa contará com quatro pilares: Cadeias de suprimento de energia limpa; Mercados de carbono de alta integridade; Finanças da natureza e da biodiversidade; Fundos climáticos multilaterais. Essa iniciativa tem como objetivo desenvolver políticas e liderar reformas em instituições internacionais em que ambos os países têm interesse.
A parceria visa tornar os investimentos públicos e privados mais eficientes e direcionados para enfrentar os desafios climáticos mais urgentes, incluindo tecnologias para a produção de energia limpa, cadeias de valor resilientes, mercados de carbono íntegros e a conservação de florestas e biodiversidade. Os governos pretendem fortalecer seu trabalho conjunto em fóruns multilaterais como o G20, as Reuniões Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
Fonte: @ Terra
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