Netanyahu condenou brasileiro por política de ampliação de assentamentos ilegais em Qalqilya; governos serão responsabilizados pela segurança.
O governo brasileiro repudiou os ataques perpetrados por colonos israelenses contra a vila palestina de Jit, no Norte da Cisjordânia, ocorridos na última quinta-feira (15). Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil enfatizou a necessidade de ação por parte do governo em Tel Aviv para proteger os civis, evitando futuros ataques e assegurando a responsabilização dos culpados.
Além disso, a comunidade internacional deve se unir contra agressões como essas, promovendo a paz e a justiça em regiões afetadas por ofensivas. A cooperação entre os países é fundamental para garantir a segurança e o respeito aos direitos humanos, evitando que ataques como o ocorrido em Jit se repitam no futuro.
Brasil condena ataques de colonos israelenses contra palestinos
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou sua condenação aos ataques de colonos israelenses contra palestinos na Cisjordânia. Esses ataques, que têm ocorrido com maior frequência, são uma consequência direta da política de ampliação de assentamentos ilegais na região. De acordo com informações divulgadas, dezenas de colonos israelenses, incluindo alguns com máscaras, atacaram uma vila palestina próxima à cidade de Qalqilya, na Cisjordânia Ocupada. Durante o ataque, carros foram incendiados e pelo menos uma pessoa foi morta, enquanto outra ficou gravemente ferida.
Resposta de Netanyahu aos tumultos
O primeiro-ministro israelense, Benjamim Netanyahu, se pronunciou sobre os incidentes, afirmando que leva a sério os tumultos e garantindo que as Forças Armadas e de segurança são responsáveis por combater o terrorismo. Ele ressaltou que os responsáveis pelos ataques serão identificados, presos e processados de acordo com a lei.
Desde o início do conflito na Faixa de Gaza, tem sido observado um aumento da violência contra os palestinos na Cisjordânia, território que está sob ocupação militar israelense desde 1967. Nessa região, há uma coadministração entre Israel e a Autoridade Palestina. É importante ressaltar que os assentamentos de colonos na Cisjordânia são considerados ilegais de acordo com o direito internacional.
Decisão da Corte Internacional de Justiça
Em julho deste ano, a Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas determinou que Israel deve deixar a Cisjordânia o mais rápido possível. Em resposta a essa decisão, Netanyahu afirmou que a nação judaica não pode ser considerada invasora de sua própria terra. Durante o conflito em Gaza, Israel autorizou a criação de novos assentamentos ilegais no território palestino ocupado.
A organização Peace Now, que monitora a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, identificou a criação de pelo menos cinco novos assentamentos ilegais. Segundo a organização, muitos desses assentamentos são estabelecidos em terras que pertencem a palestinos ou que possuem questões legais complexas relacionadas à propriedade.
Michal Lynk, relator especial da ONU para direitos humanos, destacou que Israel estabeleceu ao longo de 50 anos cerca de 300 colônias exclusivamente judaicas na região. Essas colônias são consideradas ilegais e abrigam aproximadamente 700 mil colonos judeus israelenses, que vivem em meio a uma população de 3 milhões de palestinos. A situação na região permanece delicada, com a comunidade internacional acompanhando de perto os desdobramentos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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