País completou dois anos sem casos autóctones de transmissão em território nacional, obtendo certificação de eliminação.
O Brasil alcançou, nesta quarta-feira (5), dois anos sem registros autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com esse marco, o país está mais próximo de obter novamente a certificação de ‘livre de sarampo’. Essa conquista foi anunciada pelo Ministério da Saúde. A certificação de nação livre da doença foi obtida pelo Brasil em 2016.
É fundamental manter a vigilância e ações preventivas para evitar a reintrodução do sarampo no país. A erradicação dessa doença é um desafio global, e o Brasil está dando passos significativos nesse sentido. A conscientização da população sobre a importância da vacinação é essencial para manter o país livre do sarampo.
Sarampo: Desafios na Prevenção da Doença
O intenso fluxo migratório de países vizinhos, a partir de 2018, especialmente da Venezuela, associado às baixas coberturas vacinais, reintroduziu o vírus em território nacional. Segundo Ministério da Saúde, desde 2019, no entanto, o número de casos de sarampo está em queda. Caiu de 20.901 registros, naquele ano, para 41 casos, em 2022. O último caso foi confirmado em 5 junho de 2022, no Amapá.
Para que o Brasil possa continuar sem casos, é fundamental alcançar coberturas vacinais de, no mínimo, 95% de forma homogênea, visando a proteção da nossa população diante da possibilidade de ocorrência de casos importados do vírus e reduzindo assim o risco de introdução da doença. Além do que, garante a segurança até mesmo das pessoas que não podem se vacinar’, afirma, em nota, o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.
Sarampo: Certificação e Monitoramento da Transmissão
No início de maio, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas e do Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com o objetivo de dar continuidade ao processo de recertificação do Brasil como livre da circulação de sarampo e com sustentabilidade da eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).
Ainda neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aumento de casos da doença na Europa como ‘alarmante’. Foram mais de 58 mil infecções pelo vírus em 41 países ao longo de 2023, um aumento em relação aos últimos três anos.
Sarampo: Importância da Vacinação e Cobertura
Tríplice viral Disponível em unidades básicas de saúde, a tríplice viral é uma das vacinas ofertadas no Calendário Nacional de Vacinação, cujo esquema vacinal corresponde a duas doses para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, e uma dose para adultos de 30 a 59 anos.
Esse imunizante protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – três doenças altamente infecciosas que podem causar sequelas graves e foram responsáveis por epidemias no passado. A cobertura da primeira dose dessa vacina aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023, diz o Ministério da Saúde.
Os dados de 2023 ainda são preliminares e podem subir, antecipou a pasta, já que alguns estados têm bases próprias e as atualizações podem demorar a chegar à rede nacional.
Fonte: @ Agencia Brasil
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