Pares reagem timidamente à alta dos juros, enquanto petróleo Brent opera em alta, influenciando preços das ações na Bacia de Campos.
Nesta quinta-feira (19), dia de ressaca da superquarta, a Brava Energia (BRAV3) está liderando as quedas do Ibovespa, com uma performance que chama a atenção do mercado. A Brava Energia, uma das principais petroleiras do país, formada pela fusão entre 3R e Enauta, está enfrentando um desafio significativo.
A queda das ações da Brava Energia é um reflexo da incerteza que paira sobre a empresa, que busca se consolidar como uma das principais companhias do setor de energia no Brasil. A Brava Energia é uma empresa que tem como objetivo ser uma referência no mercado de energia, mas ainda enfrenta desafios para alcançar esse objetivo. A busca por estabilidade é fundamental para o sucesso da empresa. A Brava Energia precisa superar esses obstáculos para se estabelecer como uma das principais petroleiras do país.
Brava Energia: Ação Despenca mais de 8% após Decisão de Prolongar Parada de Campo de Produção
Enquanto a reação às decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos é tímida nos ativos da bolsa, a ação da Brava Energia, uma empresa petroleira, anotou perdas de 8,35%, negociada a R$ 19,11, perto das 11h30. Embora não seja um dia particularmente ruim para as petroleiras, o pregão também não está especialmente bom. O petróleo Brent tem alta de mais de 1% no mercado externo.
O que está causando a comoção nos investidores da Brava Energia é a decisão de prolongar o período de parada de um de seus campos de produção. As operações do Campo de Papa Terra, na Bacia de Campos, já estavam paradas desde 4 de setembro, para a prestação de esclarecimentos sobre a quantidade de pessoas a bordo e sobre atividades de manutenção. No entanto, a companhia decidiu avançar em itens de inspeção e manutenção que estavam previstos para os próximos meses, mantendo as unidades em parada programada, de modo a maximizar a segurança operacional do ativo.
Isso significa que a operação deve ser retomada apenas em dezembro deste ano, bem além do previsto inicialmente. Essa notícia não agradou os investidores, que já estavam desconfiados com a dificuldade da Brava Energia em engatar desde a fusão. A empresa não saiu do lugar, afetada pelo reposicionamento e movimentações de antigos acionistas da 3R e da Enauta, além do cenário macroeconômico incerto.
Preços das Ações Recuam e Recomendações são Revisadas
Do começo de setembro até aqui, os preços das ações da Brava Energia já recuaram cerca de 27%. Isso tudo já se reflete nas recomendações. A Empiricus Research decidiu zerar as posições em Brava Energia na carteira modelo da casa, passando de uma posição de 2% para não ter nada nas ações. Já o Banco Safra reduziu o preço-alvo para o ativo de R$ 86 para R$ 35, embora a recomendação ainda seja de compra.
No entanto, o analista do banco Conrado Vegner entende que a Brava Energia ainda tem uma série de empecilhos para crescer. Para o Safra, as barreiras de integração das operações devem atrapalhar o processo de expansão, uma vez que a base de ativos da empresa que nasce da fusão de duas petroleiras está dispersa, com operações em seis bacias. A Brava Energia precisa superar esses obstáculos para retomar o crescimento e recuperar a confiança dos investidores.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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