Chamar uma deputada de líder de seita de doentes é crime contra honra e desrespeita a liberdade de expressão.
Dizer que uma deputada é seguida por uma seita de doentes de extrema-direita vai além da liberdade de expressão, configurando-se como difamação. Essa foi a conclusão do magistrado Fabricio Reali Zia, do Foro Criminal Central da Barra Funda, em São Paulo, ao julgar o repórter Luan Araújo por difamação contra a parlamentar Carla Zambelli (PL-SP).
O acusado foi considerado culpado por disseminar informações falsas que resultaram em calúnia e desonra à imagem da deputada. A decisão do juiz reforça a importância de se evitar a propagação de notícias difamatórias, que podem causar danos irreparáveis à reputação das pessoas. A difamação é um crime que deve ser combatido com rigor para preservar a integridade e a dignidade de todos os cidadãos. crime
Difamação: Carla Zambelli aponta arma para jornalista condenado
Carla Zambelli foi acusada de apontar arma para jornalista condenado por difamação em um incidente que ocorreu em 29 de outubro de 2022, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. A deputada federal correu atrás do jornalista em São Paulo, ameaçando-o com a arma em punho. Mais tarde, o jornalista publicou um artigo no site Diário do Centro do Mundo (DCM) no qual alegou que Zambelli, mesmo alegando ter problemas, estava na crista da onda. Ele a desonrou, afirmando que ela estava envolvida com uma seita de doentes de extrema-direita e cometendo atrocidades.
Contra Honra: Ação judicial revela desdobramento do caso
Ao analisar o caso, o juiz destacou que a situação não estava diretamente relacionada ao confronto entre a deputada e o jornalista. Este novo processo envolve um possível crime contra a honra cometido posteriormente pelo réu Luan Araújo. O juiz esclareceu que, embora as mesmas partes estivessem envolvidas, este era um desdobramento do evento anterior. No mérito, o juiz considerou que o jornalista cometeu difamação ao publicar o artigo, prejudicando a reputação da vítima. Araújo foi condenado a oito meses de detenção e multa em regime aberto, substituída pela prestação de serviços à comunidade.
Crime e Consequências: Decisão judicial e representação legal
A deputada federal foi representada na ação pelo advogado Daniel Bialski. A decisão judicial resultou na condenação do jornalista por difamação, destacando que os comentários feitos violaram a honra objetiva da vítima. O processo, identificado como 1028497-51.2023.8.26.0050, revelou as consequências legais da difamação e a importância de proteger a honra e a reputação das pessoas.
Fonte: © Conjur
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