Chapecoense goleiro: Frustração maior, ausência irmão estrelato. Prometo contar verdade tristeza, longa carreira, consolação financeira, ciclo natural, 20 anos, grave acidente skate, Serra Gaúcha, Santa Catarina, única frustração, alcançar lugar, visibilidade nacional, boa parte interior gaúcho, maior projeção, Juventude (2017-2018), Grêmio formado, passagens América-MG, Água Santa, Brasileirão 2021, primeira vez, Conmebol, Libertadores, problemas coração, obstrução parcial, alta colesterol produção, cirurgia cardíaca.
Com vasta experiência no futebol, o goleiro Matheus Cavichioli, de 37 anos, fechou contrato em março com a Chapecoense para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Com essa nova oportunidade, o atleta reforça seu legado em um cenário competitivo, mesmo carregando um peso emocional profundo: a morte do irmão mais novo antes da consolidação financeira no esporte.
Em meio a desafios e conquistas, Matheus superou adversidades para conquistar seu espaço e seguir em frente. Sua determinação e talento o impulsionaram a alcançar novos patamares, mesmo após experiências difíceis. A memória de seu irmão continua a inspirar o goleiro em sua jornada, mostrando que o amor e a superação caminham juntos no mundo do esporte.
Morte Irmão: Uma Tragédia que Marcou uma Longa Trajetória no Futebol
– O ciclo natural é o mais novo carregar o caixão do mais velho. E ali fugiu completamente do ciclo natural – lamenta Cavichioli, ao falar de Rodrigo. Quando tinha 20 anos, o irmão de Matheus sofreu um grave acidente de skate em Itapema, cidade onde cresceu, em Santa Catarina. O ano era 2015, e Cavichioli jogava no Veranópolis. Na mesma noite, acompanhado da esposa, então grávida da primeira filha do casal, o goleiro deixou a Serra Gaúcha rumo a Santa Catarina para enterrar o irmão.
Uma Jornada Marcada pela Dor e Pela Superação
– Minha esposa é quiropraxista, ela me mandava R$ 50 para eu comprar miojo (macarrão instantâneo) para poder jantar. Eu acho que a minha única frustração no futebol é essa, de não ter conseguido alcançar o lugar que eu estou hoje enquanto ele estava comigo aqui, para ele poder viver isso que eu vivo hoje – relembra.
Formado no Grêmio, Cavichioli teve passagens por Figueirense, Caxias e Sport, além de percorrer boa parte do interior gaúcho antes de ganhar maior projeção no Juventude, em 2017 e 2018. De lá para cá, América-MG e Água Santa, também ajudaram a mostrar o seu trabalho nacionalmente, pela visibilidade que teve. Em todos esses momentos, Cavichioli carregou Rodrigo no coração.
O Reconhecimento e os Desafios Superados
Titular do Novo Hamburgo no Campeonato Gaúcho de 2017, Cavichioli foi eleito o melhor goleiro da competição, além de ter conquistado o estadual com o clube naquele ano. Para ele, essa campanha abriu as portas para ser contratado pelo América-MG, anos depois, em 2020.
Foi no Coelho, por sinal, que o goleiro participou de um momento histórico: foi um dos destaques do time na campanha do Brasileirão de 2021 que levou o time pela primeira vez à Conmebol Libertadores. Mas antes do torneio sul-americano, no começo de 2022, um problema pelo caminho. Cavichioli foi diagnosticado com uma obstrução parcial na artéria devido à alta produção de colesterol, teve que passar por uma cirurgia cardíaca e ficou fora de combate por três meses.
– A minha família estava no Sul porque era um início de temporada. Estava sozinho, o próprio médico teve que ir até o meu apartamento pegar itens básicos de higiene pessoal e roupas para eu poder ficar no hospital – conta o goleiro. Apesar dos treinos, da prática regular de atividade física e de ter sido sempre muito regrado com a alimentação, com acompanhamento nutricional, o goleiro recebeu o diagnóstico e a notícia que precisaria passar pelo procedimento no coração, o que foi uma surpresa.
– Voltei a treinar e a jogar até com um prazo muito antes do que foi estipulado por eles. Eu tive a felicidade de fazer parte de um grupo que conquistou vaga para Libertadores pela primeira vez, vaga para Sul-Americana pela primeira vez e conseguimos manter o América por três anos consecutivos na Série A, o que nunca tinha acontecido.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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