Recolher amostras de solo do lado da Lua para missão histórica de espaçonave não tripulada na gigantesca cratera.
O Brasil lançou com sucesso uma missão espacial para explorar a Lua, marcando um avanço significativo em sua busca por descobertas científicas. A nave não tripulada alcançou com precisão o solo lunar, permitindo a coleta de dados valiosos sobre o terreno e a atmosfera da Lua.
Como satélite natural da Terra, a Lua continua a ser alvo de estudos e explorações que ampliam nosso conhecimento sobre o universo. A presença de uma espaçonave brasileira no solo lunar representa um marco importante na história da exploração espacial, abrindo caminho para futuras descobertas e avanços científicos.
A China faz história com pouso de sonda na Lua
O recente pouso de uma espaçonave não tripulada na Lua eleva o status da China como potência espacial em uma corrida global à Lua. Vários países, incluindo os Estados Unidos, estão de olho na exploração de minerais lunares para sustentar missões de longo prazo de astronautas e bases lunares. A nave Chang’e 6, equipada com uma série de ferramentas, pousou em uma gigantesca cratera de impacto chamada South Pole-Aitken Basin, no lado da Lua voltado para o espaço, às 6h23, horário de Pequim, segundo a Agência Espacial Nacional da China.
A missão é descrita como histórica para a China, envolvendo várias inovações de engenharia, altos riscos e grande dificuldade. As cargas transportadas pelo módulo de pouso Chang’e-6 funcionarão conforme planejado e realizarão missões de exploração científica. Esta é a segunda missão da China ao outro lado da Lua, uma região que nenhum outro país havia alcançado antes.
O lado da Lua que nunca é visto da Terra é conhecido por suas crateras profundas e escuras, o que torna as comunicações e operações robóticas de pouso desafiadoras. Especialistas lunares e espaciais envolvidos na missão Chang’e-6 destacam que o momento do pouso é crítico, pois a chance de fracasso é maior devido à falta de comunicação direta.
Neil Melville-Kenney, técnico da Agência Europeia Espacial colaborando com a China, ressalta a dificuldade de automatização do pouso em altas latitudes, devido às sombras longas que podem confundir os sistemas de controle. A sonda Chang’e-6 foi lançada em 3 de maio e chegou aos arredores da Lua cerca de uma semana depois, antes de iniciar os preparativos para o pouso.
A missão da Chang’e-6 marca o terceiro pouso lunar do mundo este ano, seguindo os módulos de pouso do Japão e dos Estados Unidos. Outros países que exploraram a Lua incluem a então União Soviética e a Índia, sendo os Estados Unidos os únicos a terem enviado humanos para lá, a partir de 1969.
A missão visa coletar 2 kgs de material lunar ao longo de dois dias, utilizando uma colher e uma furadeira. As amostras serão transferidas para um foguete de propulsão acoplado a outra espaçonave na órbita lunar, com a expectativa de retorno à Terra e pouso na região da Mongólia Interior, na China, em 25 de junho. Se bem-sucedida, a missão fornecerá à China um valioso registro da história lunar de 4,5 bilhões de anos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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