A Conab pretendia adquirir 300 mil toneladas de cereal importado por até R$5/kg em leilão, com preço mínimo e tabelado, gerando queda de braço.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprou 263,37 mil toneladas de arroz importado e beneficiado em leilão de compra pública encerrado na manhã desta quinta-feira, 6, conforme comunicado de fechamento do certame emitido pela estatal. A intenção da Conab era adquirir 300 mil toneladas do arroz importado ao valor máximo de R$ 5 por quilo, ou seja, 88% do volume ofertado foi negociado.
No mercado brasileiro, o consumo de cereal como o arroz é uma prática comum em todas as regiões do país. O alto volume de importação de arroz pela Conab demonstra a importância desse cereal na dieta dos brasileiros, garantindo o abastecimento e a estabilidade de preços no mercado interno. A diversidade de pratos que podem ser preparados com arroz torna esse cereal um alimento versátil e essencial na culinária brasileira.
Leilão de Arroz Beneficiado em Destaque
Os lotes arrematados pela empresa tiveram preço mínimo de R$ 4,9899 por quilo e máximo de R$ 5 por quilo, com média de R$ 4,9982 por quilo, totalizando uma operação de R$ 1,316 bilhão. Dos 27 locais de entrega propostos pela Conab, não houve interesse dos arrematantes na comercialização do cereal para entrega em várias cidades, como Manaus, Brasília, Campo Grande (MS), Rondonópolis (MT), Picos (PI), entre outras.
Recife, capital de Pernambuco, receberá o maior volume arrematado no leilão, de 30 mil toneladas de arroz. Além disso, diversos municípios, como Irecê (BA), Maracanaú (CE), Cachoeiro de Itapemirim (ES), Colatina (ES), entre outros, também receberão os lotes do primeiro leilão do arroz importado em armazéns da empresa pública.
A empresa pública informará posteriormente as origens dos lotes em comunicado de resultado do leilão. O arroz adquirido, do tipo 1, longo fino, polido e da safra 2023/24, deverá ser entregue pelos fornecedores externos até 8 de setembro, em armazéns da Conab. O cereal será comercializado ao consumidor final com preço tabelado de R$ 4 por quilo, sendo R$ 20 cada pacote de 5 quilos.
A empresa pública estava autorizada a gastar R$ 2,53 bilhões na operação. A compra pública de arroz importado e beneficiado pelo Executivo gerou uma queda de braço entre setor produtivo e governo federal. O objetivo era frear o aumento especulativo dos preços do cereal no País, após as perdas nas lavouras gaúchas devido às enchentes do Rio Grande do Sul.
O leilão foi mantido após decisão favorável do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Entidades do agronegócio contestam a necessidade das compras públicas para reequilibrar o mercado, movendo uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a importação de 1 milhão de toneladas de arroz pelo Executivo.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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