Líderes israelenses encerram operações militares intensivas, passando a focar em bombardeios mais direcionados e menos uso de tanques.
Conflitos entre as forças israelenses e palestinos se intensificaram no sul da Faixa de Gaza nesta terça-feira (2), resultando na fuga de milhares de moradores de suas residências. O bombardeio das áreas locais pode indicar o desfecho das operações militares prolongadas de Israel, que perduraram por nove meses de guerra. Autoridades de saúde relataram oito palestinos mortos e dezenas de feridos durante o confronto.
A batalha na região sul da Faixa de Gaza evidencia a persistência dos conflitos na área, com combates que resultaram em vítimas fatais e feridos. Enquanto as forças israelenses intensificam suas ações, os palestinos enfrentam a dura realidade do conflito armado, buscando proteção e segurança em meio ao cenário de violência. A comunidade internacional observa com preocupação a escalada do conflito, esperando por uma solução pacífica para a situação tensa na região.
Conflito em Gaza: Desenvolvimentos Recentes
Os militares israelenses relataram a trágica notícia de que dois soldados perderam a vida em um confronto apenas um dia antes. Os líderes de Israel reiteraram seu compromisso em encerrar a fase de intensos combates contra o Hamas, o grupo islâmico que tem governado Gaza desde 2007, e anunciaram a transição para operações mais direcionadas.
Em um episódio posterior, 17 palestinos foram vítimas de bombardeios de tanques israelenses em uma rua movimentada do bairro de Zeitoun, na Cidade de Gaza, ao norte da Faixa. Segundo relatos de médicos locais, a tragédia se desenrolou em meio a um cenário de pão espalhado sobre o chão manchado de sangue, conforme evidenciado por imagens compartilhadas em mídias sociais palestinas – cuja veracidade ainda está por ser confirmada pela Reuters.
O Exército israelense emitiu ordens para que os residentes de diversas cidades e vilarejos no leste de Khan Younis evacuassem suas residências antes da reintrodução de tanques na região, que havia sido desocupada pelas forças militares semanas atrás.
Diante da iminência dos bombardeios, milhares de pessoas que não seguiram as instruções de evacuação foram obrigadas a abandonar suas casas sob a escuridão da noite, enquanto tanques e aeronaves israelenses atacavam áreas como Karara, Abassan e outras localidades citadas nos comunicados de retirada, conforme relatado por moradores locais e veículos de comunicação ligados ao Hamas.
‘Toda vez que as pessoas tentam reconstruir suas vidas, mesmo sobre os destroços de suas casas, a ocupação envia os tanques de volta para destruir tudo novamente’, lamentou Tamer, um empresário de 55 anos que já foi deslocado seis vezes desde 7 de outubro. Em meio ao caos, ele expressou sua angústia através de um aplicativo de mensagens ao repórter da Reuters.
Os militares israelenses confirmaram que suas operações visavam áreas em Khan Younis, de onde cerca de 20 foguetes foram lançados. Os alvos incluíam instalações de armazenamento de armas e centros operacionais, conforme detalharam em comunicado. Previamente aos ataques, medidas foram tomadas para garantir a segurança dos civis, permitindo que deixassem a área, em conformidade com as ordens de evacuação.
As forças militares acusam o Hamas de utilizar a infraestrutura civil e a população como escudos humanos, uma alegação que o grupo islâmico nega veementemente. Enquanto isso, a Jihad Islâmica, aliada do Hamas, reivindicou a autoria dos disparos de foguetes.
O conflito em Gaza teve início quando o Hamas invadiu o sul de Israel em 7 de outubro, resultando na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de cerca de 250 reféns, entre civis e soldados, levados para Gaza, conforme registros israelenses. Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva que, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, resultou na morte de aproximadamente 38 mil pessoas, deixando o enclave costeiro densamente povoado em ruínas.
Fonte: @ Agencia Brasil
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