Profissional esperou 7 horas para falar em audiência no TRT-4, com preferência negada pela 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) apresente, em até cinco dias, as medidas que serão adotadas em relação ao episódio envolvendo a advogada grávida que teve seu direito à preferência negado em cinco ocasiões distintas. O incidente ocorreu durante uma reunião da 8ª Turma do TRT-4 na quinta-feira passada (27).
A advogada em questão, juntamente com sua colega de profissão, aguardam ansiosamente por uma resposta do TRT-4. A situação da barriga em crescimento evidencia a necessidade de uma solução rápida e justa para garantir os direitos da profissional gestante.
Advogada Marianne Bernardi enfrenta préferência negada no TRT-4
No Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, a advogada Marianne Bernardi, gestante de oito meses, teve seus pedidos negados pelo desembargador Luiz Alberto Vargas. A situação resultou em uma longa espera de mais de sete horas para que ela pudesse realizar a sustentação oral. Marianne descreveu o momento em que teve que expor sua barriga para comprovar a gravidez, após o desembargador duvidar de suas palavras, como humilhante e constrangedor. Ela destacou a grosseria e a falta de respeito que enfrentou ao longo do dia.
Desrespeito à advogada gestante no TRT-4
Marianne relatou que o desembargador sugeriu que ela buscasse outro colega para fazer a sustentação no seu lugar. Para ela, essa atitude representa um retrocesso nos direitos das mulheres que conciliam a vida profissional com a maternidade. A advogada enfatizou que as mulheres não querem ser substituídas, mas sim ter a oportunidade de estar à frente em suas atividades profissionais.
TRT-4 se manifesta sobre o ocorrido com Marianne Bernardi
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região emitiu uma nota afirmando que a conduta do desembargador não reflete a posição institucional do tribunal. O TRT-4 reforçou seu compromisso com o combate à discriminação e com a valorização dos direitos das mulheres. A instituição ressaltou que a preferência das gestantes na ordem das sustentações orais é um direito legalmente estabelecido e deve ser sempre respeitado.
OAB-RS repudia atitude do desembargador no TRT-4
A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul (OAB-RS) condenou a postura do desembargador, afirmando que ele violou deliberadamente os direitos garantidos às advogadas, mesmo diante da intervenção de outros membros da turma e do Ministério Público. A OAB considerou inaceitável que, em pleno 2024, os direitos fundamentais das mulheres no ambiente de trabalho e as prerrogativas das advogadas sejam desrespeitados dessa forma. A entidade anunciou que tomará medidas legais contra o desembargador.
Fonte: @ CNN Brasil
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