O Tribunal não endossa declarações proferidas em sessão da 12ª. Vai apurar o comportamento do magistrado e se manifestar sobre o ocorrido.
‘Deixo claro que em momento algum houve a intenção de menosprezar.’ Foi o que afirmou o desembargador Luis Cesar de Paula Espindola, do TJ/PR, em comunicado, após a repercussão de um vídeo de julgamento no qual ele declara que ‘as mulheres estão loucas atrás dos homens’. O desembargador reiterou seu respeito pela igualdade de gênero e afirmou que suas palavras foram mal interpretadas.
A atuação de um magistrado deve ser pautada pela imparcialidade e respeito a todos os envolvidos no processo judicial. O papel do desembargador é crucial para a justiça e deve refletir os valores fundamentais da sociedade. É essencial que as declarações de um magistrado sejam cuidadosamente consideradas, a fim de preservar a integridade e a confiança no sistema judiciário.
Desembargador Luís César e Suas Declarações Polêmicas
Ao abordar um caso envolvendo uma medida protetiva para uma menina de 12 anos que se sentiu assediada por um professor, o magistrado proferiu declarações que geraram controvérsias. Em suas palavras, ele criticou o ‘discurso feminista’ e afirmou que, nos dias de hoje, são as mulheres que estão buscando os homens. Essas declarações foram feitas durante a sessão da 12ª Câmara Cível do Tribunal, onde o desembargador se pronunciou sobre o assunto.
No entanto, o Tribunal se manifestou contrariamente às opiniões expressas pelo magistrado, destacando que não endossa tais comentários. Diante da gravidade da situação, foi iniciada uma investigação preliminar no âmbito da Corte, conforme estabelecido na Resolução 135 do CNJ. O desembargador terá um prazo de 5 dias para se manifestar a respeito do ocorrido.
A Comissão de Igualdade e Gênero do TJPR emitiu uma nota de repúdio ao episódio, enfatizando a importância de combater opiniões preconceituosas e conceitos misóginos. O desembargador Luís César de Paula Espíndola foi o protagonista desse lamentável episódio, que expôs a prática generalizada do assédio aos homens, revelando a existência de hábitos discriminatórios internalizados neste segmento da sociedade.
É fundamental ressaltar que o desembargador em questão já teve problemas com a lei Maria da Penha no passado, sendo condenado por violência doméstica. Diante desse histórico, as declarações proferidas durante a sessão da 12ª Câmara Cível levantaram preocupações sobre seu comportamento e suas convicções em relação à igualdade entre homens e mulheres.
O desembargador Luis Cesar de Paula Espindola, em sua nota pública de esclarecimento, afirmou que nunca teve a intenção de menosprezar o comportamento feminino, reiterando seu compromisso com a igualdade de gênero. No entanto, as repercussões do episódio exigem uma reflexão mais profunda sobre as atitudes e posicionamentos adotados por autoridades judiciais em relação a questões sensíveis como essa.
Fonte: © Migalhas
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