No bordel cibernético, a demanda por interagir com IA é ainda maior. Empresas do setor alertam para cautela na fase de testes.
No fim deste mês, cidadãos em São Paulo poderão agendar um encontro com um robô sexual feito de inteligência artificial (IA), quando o pioneiro bordel virtual do Brasil lançará seu serviço após uma etapa de testes. Os usuários poderão se comunicar verbalmente e até mesmo fisicamente com avatares criados com IA.
No segundo parágrafo, a utilização de chatbots e assistentes virtuais também está em alta, tornando a interação com a IA ainda mais presente no cotidiano das pessoas. A evolução dessas tecnologias promete revolucionar a forma como nos relacionamos com a inteligência artificial em diversas áreas da vida moderna.
Inteligência Artificial: Uma Nova Fase nos Chatbots e Assistente Virtuais
Muitas pessoas encontram conforto em compartilhar assuntos privados com uma máquina, pois ela não julga, como defende Philipp Fussenegger, fundador da Cybrothel. Anteriormente, havia interesse em bonecas com dubladoras, permitindo apenas a interação por voz. No entanto, a demanda por interação com inteligência artificial está em ascensão.
Uma análise da consultoria SplitMetrics revelou que aplicativos de IA focados em companhia alcançaram 225 milhões de downloads na Google Play Store. Thomas Kriebernegg, gerente geral da SplitMetrics, expressa a esperança de que o setor se torne ainda mais inovador e lucrativo.
O uso da IA para oferecer companhia aos usuários é visto como um negócio lucrativo, conforme Misha Rykov, pesquisador de privacidade da Fundação Mozilla. A maioria dos chatbots cobra taxas e coleta dados pessoais, o que pode gerar altos lucros.
No entanto, a integração da IA com o entretenimento adulto levanta preocupações. A IA generativa pode perpetuar estereótipos de gênero em chatbots sexuais, alerta Kerry McInerney, pesquisadora da Universidade de Cambridge. É fundamental compreender os conjuntos de dados utilizados para treinar esses chatbots.
Rykov destaca o risco de dependência dos chatbots de IA, especialmente para pessoas solitárias, podendo causar danos à saúde mental. Além disso, a privacidade é uma questão crítica, com muitos aplicativos coletando e compartilhando dados pessoais sem consentimento.
Os possíveis impactos negativos do uso da IA em relacionamentos reais também são discutidos. Encontros reais podem ser decepcionantes se comparados aos padrões estabelecidos pelos chatbots. A vigilância contínua é essencial para garantir que a IA seja utilizada de forma ética e responsável.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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