No Boletim Focus de ontem, o mercado financeiro projeta dólar a R$ 5,05 no fim do ano, porém há economistas com visão mais otimista.
Na última reunião, o dólar teve um aumento de 0,23% em relação ao real e fechou no patamar mais alto desde março de 2024. Desde 22 de junho, a moeda norte-americana já subiu 2,15% em relação à nossa moeda, passando de R$ 5,50 para R$ 5,62.
No entanto, a situação do dólar continua sendo monitorada de perto pelos investidores, devido à sua influência nos mercados globais. A moeda americana tem sido impactada por diversos fatores, incluindo a volatilidade econômica e as decisões de política monetária.
Previsão do Dólar: Especialistas Apontam Cenário de Valorização
Para quem está com uma viagem marcada ao exterior ou planeja investir em moeda americana, surge a dúvida: é o momento de agir ou esperar? O Boletim Focus, documento semanal do Banco Central que reúne projeções do mercado financeiro, indica que o dólar encerrará o ano cotado a R$ 5,05. Contudo, para Cristian Pelizza, economista-chefe da Nippur Finance, essa estimativa pode ser conservadora, pois não enxerga uma tendência de baixa para o dólar. As previsões estão se ajustando lentamente.
Marcela Kawauti, economista-chefe da Lifetime, prevê que a moeda americana feche o ano um pouco acima das projeções do Boletim, em torno de R$ 5,10. Ela destaca que a cotação de R$ 5,30 reflete as incertezas presentes no cenário econômico atual. A desvalorização do dólar está condicionada à dissipação dos fatores que impulsionam sua valorização.
O aumento dos juros nos Estados Unidos é um dos principais motivos por trás da alta do dólar. Mesmo com sinais de desaceleração da inflação e do emprego, o Federal Reserve pode adiar cortes nas taxas de juros. Fatores geopolíticos, como os conflitos na Rússia, Ucrânia e Oriente Médio, também contribuem para a pressão sobre a moeda americana.
Investidores estrangeiros têm optado por ativos mais seguros, retirando investimentos de países emergentes como o Brasil. A percepção de risco fiscal no Brasil piorou com a mudança nas metas de inflação, levantando questionamentos sobre a disciplina fiscal do governo. A nomeação de novos membros para o Banco Central no segundo semestre aumenta a incerteza no mercado.
Uma indicação clara de cortes de juros nos EUA e de medidas fiscais no Brasil pode favorecer a valorização do real frente ao dólar. As incertezas políticas e geopolíticas continuam a influenciar o mercado cambial, destacando a importância de acompanhar de perto os desdobramentos internacionais para tomar decisões assertivas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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