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Estudos revelaram soluções tecnológicas apresentadas para cuidados paliativos de tratamento de células cancerígenas.
Câncer de pulmão, uma doença devastadora que afeta milhares de pessoas todos os anos, foi o foco de diversas pesquisas inovadoras apresentadas durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), importante evento médico internacional. A importância de detectar precocemente o câncer de pulmão foi enfatizada pelos especialistas presentes, destacando a necessidade de conscientização e exames regulares para prevenir a progressão da doença.
Além disso, os estudos discutiram a relação entre o tumor de pulmão e fatores de risco, como o tabagismo e a exposição à poluição ambiental. A prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pulmão são fundamentais para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A pesquisa contínua nessa área é essencial para desenvolver novas terapias e abordagens no combate a essa doença tão desafiadora.
Avanços Tecnológicos e Cuidados Paliativos no Tratamento do Câncer de Pulmão
Diversas pesquisas exploraram terapias inovadoras que contribuíram para a prolongação da vida dos pacientes e trouxeram à tona soluções tecnológicas para auxiliar indivíduos em cuidados paliativos, uma abordagem que visa proporcionar conforto e qualidade de vida àqueles que não respondem mais às propostas de tratamento convencionais.
Relacionado principalmente ao tabagismo, responsável por mais de 80% dos casos, o tumor de pulmão é uma das principais causas de morte em todo o mundo. As pesquisas mais recentes têm se concentrado em estratégias para personalizar o tratamento e combater de maneira eficaz as células cancerígenas.
Durante o evento, os destaques foram para as iniciativas que investigaram o câncer de pulmão de não pequenas células, o tipo mais comum que apresenta riscos de metástases cerebrais. Um dos estudos mais celebrados foi o ensaio clínico com o lorlatinibe, desenvolvido pela Pfizer, que demonstrou eficácia na sobrevida sem progressão da doença em 60% dos casos ao longo de cinco anos, estabelecendo um padrão de excelência nesse tipo de pesquisa.
‘Devido aos benefícios significativos do lorlatinibe para esses pacientes, especialmente pela proteção contra metástases cerebrais, que representam uma vulnerabilidade nesse grupo, podemos afirmar que este é um dos marcos mais importantes na história recente da oncologia’, afirmou Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas.
Além disso, os estudos de fase 3 Laura e Adriatic, conduzidos pela AstraZeneca, trouxeram avanços significativos na aplicação de terapia-alvo e imunoterapia para o tratamento do câncer de pulmão. No estudo Laura, o osimertinibe, primeiro inibidor do gene EGFR, demonstrou um aumento expressivo na sobrevida livre de progressão em pacientes com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFRm), reduzindo o risco de morte ou progressão da doença em 84%.
William Nassib William Jr., líder da especialidade de tumores torácicos da Oncoclínicas, ressaltou a importância desses avanços: ‘Para pacientes com mutação no gene EGFR, a terapia-alvo tem se mostrado uma opção eficaz de tratamento, melhorando significativamente a eficácia do tratamento’.
Já o estudo Adriatic focou no câncer de pulmão de pequenas células em estágio limitado, utilizando a imunoterapia durvalumabe. Os resultados foram promissores, com uma redução de 27% no risco de morte e uma taxa de sobrevida de 57% após três anos. Essa descoberta é relevante, uma vez que apenas uma pequena parcela dos pacientes com esse tipo de tumor apresenta resposta positiva aos tratamentos disponíveis.
Fonte: @ Veja Abril
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