Ofertas no mercado de capitais atingiram R$ 268,2 bi nos cinco primeiros meses do ano, com 90% em renda fixa, aponta Anbima.
Com um aumento significativo nas emissões de debêntures, a arrecadação no mercado atingiu R$ 268,2 bilhões, nos primeiros cinco meses do ano, até maio, estabelecendo um novo recorde histórico. Esse valor representa um crescimento de 150,3% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O mercado financeiro tem demonstrado uma forte movimentação, não apenas em relação às emissões de debêntures, mas também em outros valores e títulos. Essa dinâmica evidencia a confiança dos investidores e a solidez do setor de mobiliários no Brasil. A diversificação dos papéis disponíveis tem contribuído para a expansão e fortalecimento do mercado de capitais no país, impulsionando o crescimento econômico de forma consistente.
Expansão das Emissões no Mercado de Capitais
Em maio, o aumento das <emissões foi ainda mais expressivo, atingindo R$ 73,4 bilhões, representando um crescimento de 227% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado, os de renda fixa dominaram, correspondendo a 90% do volume total, totalizando R$ 239,6 bilhões. Este resultado é o melhor registrado nos cinco do ano, na , conforme comunicado da instituição.
As lideraram as em renda fixa, alcançando R$ 160,6 bilhões no acumulado até maio deste ano, estabelecendo mais um recorde com um aumento de 204% em comparação com o mesmo período em 2023. Somente em maio, as ofertas desses totalizaram R$ 49,5 bilhões, marcando o maior valor já registrado em qualquer mês na .
Os de investimento foram os principais investidores nesse período, contribuindo com 50,1% do volume total. No acumulado do ano, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) registraram de R$ 27,2 bilhões, um aumento de 162,1% em relação ao mesmo período de 2023. Já as ofertas de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) aumentaram 185,1%, atingindo um total de R$ 26,3 bilhões na mesma base de comparação.
Os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) também tiveram um desempenho notável, captando um valor recorde de R$ 17,7 bilhões, representando um crescimento de 69,8% no mesmo período comparativo. Os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) alcançaram o ponto mais alto da , com um total de R$ 22,7 bilhões em , registrando um aumento de 288,8%.
De acordo com o relatório da Anbima, não houve novas em renda variável em maio, mantendo o volume de R$ 4,9 bilhões em 2024. Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, ressalta que a possibilidade de uma desaceleração no ritmo de queda da Selic, devido às incertezas no cenário internacional e ao quadro fiscal doméstico, reforça a expectativa de que as de renda fixa continuem predominantes ao longo do ano.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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