Preços elétricos devem subir com volatilidade do mercado de energia, devido à alta demanda e custos das termelétricas em picos de frio intenso.
Os consumidores do setor de energia do Brasil devem se preparar para uma maior oscilação nos preços da energia nos próximos meses, devido às previsões de um inverno mais seco e quente no país.
Essa variação climática pode impactar diretamente o mercado de energia, resultando em custos mais elevados para os consumidores e empresas. A demanda por energia elétrica tende a aumentar durante períodos de calor intenso, o que pode gerar desafios adicionais para a gestão da oferta e demanda de energia.
Impacto da volatilidade nos preços elétricos
O panorama atual representa uma mudança significativa em relação aos últimos 24 meses, período em que os valores permaneceram próximos ao limite inferior. No segmento de mercado livre, o consumidor tem a possibilidade de negociar a aquisição de energia diretamente com a geradora ou com uma empresa comercializadora, escapando da obrigação de consumir exclusivamente a eletricidade proveniente da distribuidora. Essa alternativa está acessível no Brasil para todos os clientes de alta voltagem.
Desafios enfrentados pelos consumidores de energia livre
Esses clientes, no entanto, estão sujeitos a negociações baseadas no preço de liquidação das diferenças (PLD), que oscila conforme as condições do mercado. Dado que a maior parte da eletricidade no país é gerada por usinas hidrelétricas, é esperado um aumento nos custos em períodos de menor pluviosidade, quando a produção dessas usinas diminui e é necessário acionar as termelétricas, que são mais dispendiosas.
Impacto do clima na oferta de energia
De acordo com a consultoria Climatempo, o inverno deste ano promete períodos prolongados de seca, com temperaturas acima da média, juntamente com picos de frio intenso que aumentam os riscos de geadas. A estação, iniciada em junho, está sendo influenciada pelo fenômeno La Niña, que reduz a temperatura das águas do Oceano Pacífico e tende a intensificar a falta de chuvas em diversas regiões do Brasil.
Adaptação ao mercado livre de energia
As preocupações para o setor elétrico derivam não apenas da redução nas precipitações e na menor geração hidrelétrica, mas também da previsão de temperaturas acima do normal. Em períodos mais quentes, há um aumento no uso de ar condicionado, resultando em um incremento no consumo de energia. Com a formação do La Niña em agosto, espera-se um período seco prolongado e atraso na chegada das chuvas na primavera, o que pode levar a uma maior variação nos preços ao longo do dia.
Desafios e oportunidades no mercado energético
Os impactos no mercado livre se tornaram evidentes na última semana de junho, quando o PLD ultrapassou o patamar de R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh) e chegou a ultrapassar os mil reais em determinados momentos. Essa situação tende a preocupar especialmente os consumidores que aderiram ao mercado livre nos últimos anos e ainda não enfrentaram cenários dessa natureza. Em 2024, todos os consumidores de alta voltagem terão a possibilidade de migrar para o mercado livre, abrindo caminho para uma maior flexibilidade e possíveis desafios diante da volatilidade nos preços elétricos.
Fonte: @ Info Money
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