Massa quente no centro do País causa “prisão atmosférica” para chuva no Sul, exacerbada por Amanda, alta pressão e sistemas meteorológicos. Persistente bloqueio atmosférico amplifica precipitações, impedindo frentes frias.
Enquanto municípios do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil estão vivenciando um aumento significativo de temperatura nos últimos dias, regiões do Sul, em especial no Rio Grande do Sul, estão sendo impactadas por eventos climáticos mais extremos, como os temporais intensos que resultaram em pelo menos cinco fatalidades até a noite da última terça-feira, 30. Mas será que esses eventos climáticos estão interligados?
Essas mudanças repentinas no clima evidenciam a complexidade da meteorologia regional e como os eventos climáticos em diferentes partes do país podem acontecer de forma simultânea, porém com características distintas. É importante que os órgãos competentes estejam preparados para lidar com tais situações e que a população esteja consciente dos riscos associados a essas variações no clima. Ficar atento às previsões meteorológicas e seguir as orientações de segurança são essenciais para minimizar possíveis danos em meio a esses eventos climáticos cada vez mais imprevisíveis.
Conexão entre Eventos Climáticos
De acordo com a empresa de meteorologia Climatempo, sim, são eventos climáticos que estão conectados. A massa de ar quente que se estabeleceu na faixa central do País, cria uma espécie de ‘prisão‘ para a chuva nos Estados sulistas. Essa massa fica retida devido a um ‘bloqueio atmosférico persistente’. Assim, ‘as frentes frias e outros sistemas meteorológicos são amplificados, resultando na intensificação das precipitações na região’, como divulgado pela empresa em nota recente.
A previsão é de mais chuva para o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina nos próximos dias. Algumas localidades esperam volumes que podem ultrapassar os 300 milímetros, podendo chegar até a 400 mm.
Governador do RS e Apoio Federal
O governo do Rio Grande do Sul tem se mobilizado para responder às emergências decorrentes dos temporais no Estado. Nesta terça-feira, 30, o governador Eduardo Leite esteve reunido com o gabinete de crise e a gestão divulgou que o foco é o resgate a famílias isoladas pelas inundações. Leite disse ter contatado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ‘Falei agora por telefone com o presidente Lula, que assegurou o apoio do governo federal. Pedi especialmente suporte de aeronaves para resgate de pessoas ilhadas. Lamentavelmente, já temos óbitos e ainda há desaparecidos. A prioridade imediata é resgatar as famílias desalojadas, encaminhando-as para residências de familiares ou para abrigos públicos e fornecendo condições adequadas de alojamento’.
A onda de calor, inicialmente prevista até esta quarta-feira de feriado, dia 1º, deve durar pelo menos até o dia 10 de maio. O alerta de perigo para altas temperaturas foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) há alguns dias, sendo iniciado no sábado, 27. Conforme a Climatempo, a permanência do sistema de alta pressão sobre o Centro-Sul brasileiro dificulta a chegada de frentes frias para o Centro-Oeste e o Sudeste, contribuindo para a manutenção do ar seco e o aumento da intensidade do calor. ‘Essa é a quarta onda de calor a atingir o Brasil recentemente, e ela promete se intensificar ainda mais e atuar até o dia 10 de maio’, afirmou.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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