Executivos pedem entidade para impulsionar startups e inovação em tecnologia, promovendo colaboração e conformidade legal em pagamentos transfronteiriços.
No decorrer da história, a humanidade já experimentou diversas formas de se obter poder, e a tecnologia desempenhou um papel fundamental nesse processo. A bélica é uma das mais antigas – quem tinha as armas mais fortes vencia a guerra e ficava com o território. A tecnologia foi o fator decisivo em muitas batalhas.
Hoje em dia, a tecnologia continua a ser um fator importante na obtenção de poder, mas de uma forma mais sutil. A inovação tecnológica permite que as empresas e os países sejam mais eficientes e competitivos, o que pode levar a uma vantagem significativa no mercado. A IA é uma das principais áreas de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, os avanços tecnológicos também permitem que as pessoas tenham acesso a informações e recursos que antes eram inacessíveis, o que pode levar a uma maior igualdade e justiça social. A tecnologia é um fator fundamental para o progresso da humanidade.
A Tecnologia como Fator de Liderança Global
A tecnologia é o novo fator que define a liderança global. Embora o dinheiro ainda seja importante, aqueles que detêm a tecnologia têm grandes chances de ocupar uma posição de liderança no mundo. A Europa, que já foi líder há alguns séculos, sabe disso e também sabe que foi ultrapassada por países da Ásia e os Estados Unidos.
Para correr atrás do prejuízo, um grupo de empresários divulgou uma carta aberta pedindo um ‘renascimento tecnológico’ do continente. A ideia é criar uma entidade para promover startups e inovação no bloco. A lista de empreendedores que apoiam a iniciativa inclui nomes como Patrick Collison, CEO da gigante de tecnologia de pagamentos Stripe; Taavet Hinrikus, cofundador do aplicativo de transferências Wise; Eléonore Crespo, CEO do unicórnio francês de software de contabilidade Pigment; Ilkka Paananen, CEO da empresa de games mobile Supercell; entre vários outros.
Os Desafios da Tecnologia na Europa
De acordo com a carta, ‘a cena de startups é fragmentada’ na Europa. ‘A conformidade legal e regulatória é um fardo, e a colaboração transfronteiriça é rara’, continua o texto. Isso, segundo os empresários, resulta em um ‘impulso sufocado, potencial não realizado e em um limite artificial nas chances de sucesso de nossas empresas de tecnologia’.
A Europa até possui algumas startups, mas não tem nenhuma big tech. A solução seria a criação de uma entidade única para incentivar essas companhias. A EU Inc. iria ‘padronizar os processos de investimento, simplificar as operações internacionais e criar uma estrutura unificada de opções de ações para funcionários’. Isso ajudaria as startups europeias a crescer rapidamente e atrair mais capital.
A Inovação Tecnológica como Área-Chave
O lançamento dessa carta ocorre em um momento em que diversas autoridades estão pedindo grandes reformas – para que a Europa possa competir com a China e os EUA, principalmente. No mês passado, por exemplo, o ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, divulgou um relatório solicitando 800 bilhões de euros de investimentos adicionais por ano para tornar o bloco mais competitivo no cenário mundial. Citando a inovação tecnológica como uma área-chave onde melhorias eram necessárias, Draghi disse que a região ainda está ‘presa em uma estrutura industrial estática, e com poucas empresas novas surgindo para perturbar as indústrias existentes ou desenvolver novos motores de crescimento’.
A Europa precisa de uma inovação tecnológica para competir com os líderes globais. A criação de uma entidade para promover startups e inovação no bloco é um passo importante para alcançar esse objetivo. Com a tecnologia como fator de liderança global, a Europa precisa se adaptar e inovar para não ficar para trás.
Fonte: @Olhar Digital
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