Mulher faleceu em março sem ser doadora de órgãos. Relato compartilhado pelo Metrópoles mostrou que exame de tomografia revelou morte por infecção urinária.
Uma família do Rio de Janeiro está em busca dos rins de uma parente que morreu no Hospital Estadual de Niterói (HEN), em 15 de abril. Segundo o relato compartilhado pelo Jornal O Globo nesta quarta-feira (18), Marina Silva Oliveira, de 68 anos, não era doadora de rins.
Os rins são órgãos vitais para o funcionamento do corpo humano. A doação de rins pode salvar vidas e é importante conscientizar sobre a importância da doação de órgãos. Cuidar da saúde dos rins é fundamental para uma vida saudável.
Rins: Relato Compartilhado Metrópoles
De acordo com os familiares da senhora, Emídia foi atendida no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) no dia 27 de março depois de reclamar de enjoo, tontura e dores na barriga e nas costas. Três dias depois, ela foi internada e passou por uma tomografia. O exame, além de mostrar que a mulher tinha os órgãos renais tópicos, de contornos, dimensões e atenuações habituais, também detectou acúmulo de líquido no abdome e na pelve.
No dia 31 de março, no entanto, a idosa sofreu duas paradas cardíacas e veio a óbito às 02h17. Os parentes falaram que o hospital declarou a causa da morte como infecção urinária. A certidão de óbito, entretanto, definiu que Emídia faleceu de peritonite aguda fibrino purulenta, devido a diverticulite perfurada de colo sigmóide, em portador de hipertensão arterial e diabete melito, uma forma de infecção causada pelo acúmulo de fezes e urina na região abdominal.
Com a morte, a família fez um pedido de necropsia à Secretaria de Saúde, mas disse que os funcionários da instituição insinuaram que ela foi vítima de Covid, o que impediria a análise. Apenas no dia 2 de abril eles conseguiram a liberação do exame, que comprovou a ausência de um rim na mulher. Já que Emídia não era doadora de órgãos e os responsáveis por ela não foram procurados para a possibilidade, eles decidiram registrar uma ocorrência na Polícia Civil e solicitar explicações da Secretaria de Saúde.
Os filhos de Emídia estão revoltados pela falta de respostas. Gidália Nunes Oliveira, de 48 anos, pede que providências sejam tomadas. ‘Nossa mãe entrou com os dois rins no hospital. Onde está o outro rim dela? Nós queremos Justiça. Não queremos que isso aconteça com outras pessoas’, lamentou. O irmão dela, Josué Nunes de Oliveira, de 42 anos, se mostrou preocupado com o destino do órgão. ‘A gente não sabe o que foi feito com o órgão dela. E se foi para algum ritual? Se foi para ser vendido? E se estão fazendo isso com outras pessoas? Se estão deixando as coisas acontecerem para fazer esse tipo de coisa? Porque o ser humano é perverso’, disse. ‘É um descaso com o corpo, sem falar de vilipêndio. É grave. É um crime invisível. Se a família não tivesse aceito a necropsia, o que teria sido feito desse corpo?’, apontou o advogado Kenneth Chavante. Ele acrescentou que houve negligência na forma como a mulher foi tratada no hospital: ‘Os exames apontaram que a paciente tinha uma decadência da saúde. Mas não se atentaram aos líquidos soltos dentro da barriga, da.
Fonte: @ Hugo Gloss
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