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A maioria não tem recursos vindos do INSS sobre aposentadoria. Por que a realidade é essa?
O destaque sobre a aposentadoria da mais recente pesquisa, a 8ª edição, do Olhar do Investidor, feita pela Abinam, revela que apenas 22% dos participantes em atividade no mercado de trabalho possuem recursos poupados para a aposentadoria.
No entanto, é fundamental conscientizar a população sobre a importância de se planejar financeiramente para a aposentadoria, garantindo assim uma segurança financeira no futuro. Além disso, é essencial buscar alternativas de investimento e formas de aumentar a poupança destinada à aposentadoria, visando um amanhã mais tranquilo e estável.
A importância da poupança para a aposentadoria
Deste grupo, 58% admitem que ainda não começaram a poupar para a aposentadoria e os outros 23% sequer têm a intenção de fazê-lo. Quando questionados sobre como financiarão seus gastos, 50% contam principalmente com os recursos vindos do INSS para cobri-los, 17% esperam continuar trabalhando e ganhando salário e outros 17% contam com reservas financeiras, planos de previdência, alugueis e outras formas de poupança feitas ao longo da vida para arcar com a maior parte dos gastos. Os demais não sabem ou esperam que os filhos os ajudem na terceira idade. Considerando o padrão de pagamento de benefícios do INSS, é cruel o recorte entre expectativa e realidade. Enquanto 59% dos ativos no mercado de trabalho esperam ter o INSS como principal fonte de rendimentos na aposentadoria, a realidade é que ela cumpre este papel para 93% dos aposentados. Aqui um gap de 34% entre expectativa e realidade. Vale ressaltar que independente de classe social, os percentuais variam de 92% a 94% para as classes A/B e D/E, respectivamente. Os números estão em linha com a edição anterior e guardam relação com os do mercado americano.
A necessidade de reserva financeira para a aposentadoria
Por lá, segundo reportagem da Forbes, baseada em dados da National Institute On Retirement Security, a média de recursos poupados para a aposentadoria entre pessoas da Geração X (entre 1965 e 1980) é de US$ 243 mil, mas a mediana é de US$ 40 mil. Mais um traço da concentração de renda que vem se acentuando pelo mundo. O gap entre realidade e expectativa também é grande entre os americanos, pesquisa feita pela empresa Northwestern Mutual identificou que o número mágico que ronda na cabeça da geração X é algo perto de US$ 1,5 milhão. Quase seis vezes a média de recurso poupados e uma enormidade em relação a mediana. Embora os números impressionem e preocupem, principalmente para pessoas como eu, da geração X, não se pode alegar que são novos. Muitos de nós temos certa consciência deles e temos acompanhado, com certa aflição, como eles vêm piorando conforme aumentam os custos com planos de saúde e tratamentos médicos.
Os desafios dos recursos poupados para a aposentadoria
A verdade é que estamos naquela situação da pessoa que vê um incêndio distante e prefere acreditar que apesar dos ventos ele não chegará até ela. Algo tão distante que de alguma forma irá se dissipar, ou será resolvido antes que chegue até ela. Mas o fogaréu vai se aproximando, então vamos entrando em negação e, ‘de repente’, ele chegou. Guardar dinheiro para o futuro, ainda mais quando ele está tão distante, é muito difícil para nós. Assim como dietas e atividade física, são decisões seguidas de renúncia e sacrifício sem nenhuma recompensa imediata ou rápida. No caso da aposentadoria são anos abrindo mão de restaurantes, carros, passeios, viagens, etc.para um dia, ‘sabe-se lá quando’, poder usufruir o produto de tanta abnegação. Em um experimento realizado por Uri Gneezy e John List com estudantes do ensino público americano, eles identificaram uma resposta positiva para recompensas de curto prazo. Resumindo a história, foram oferecidos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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