Região metalúrgica: síndico estima despedir aprox. 50 funcionários; empresa recusa confirmar. Licença, remunerada ou não? Acordo coletivo, estabilidade emprego, período de? Greve possível?
A General Motors começou, nesta quinta-feira (2), a enviar cartas de demissão para funcionários em licença remunerada em São José dos Campos (SP).
As desligamentos ainda fazem parte das medidas tomadas em meio à crise econômica, porém, a empresa anunciou planos de novas contratações para outras unidades.
Montadora GM realiza demissões em São José dos Campos
Uma situação delicada tem gerado bastante preocupação na Montadora GM, localizada em São José dos Campos. A empresa decidiu realizar cortes em seu quadro de funcionários, sem divulgar o número exato de desligamentos. O Sindicato dos Metalúrgicos estima que cerca de 50 colaboradores sejam impactados por essa medida.
Segundo o sindicato, os desligamentos estão sendo comunicados por meio de telegramas, um dia antes do término do período de estabilidade no emprego, conforme o acordo firmado entre a GM e os trabalhadores em novembro de 2023. Esse acordo foi aprovado após uma longa greve de 17 dias em protesto contra 1.244 demissões em diversas fábricas.
A direção da GM se pronunciou por meio de nota, destacando que as demissões fazem parte de um processo de adequação do quadro de empregados, conforme o acordo coletivo firmado em outubro de 2023. A empresa também ressaltou que ofereceu um plano de demissão voluntária como alternativa.
Apesar da justificativa da montadora, o Sindicato dos Metalúrgicos manifestou sua oposição às demissões, salientando que a maioria dos trabalhadores optou pelo Plano de Demissão Voluntária (PDV) aberto em dezembro. Para o presidente do sindicato, Weller Gonçalves, a reestruturação já foi aplicada pela GM, mas a luta contra as demissões continua.
Essa situação evidencia a sensibilidade das questões trabalhistas, especialmente em meio a acordos coletivos e períodos de estabilidade previamente estabelecidos. A necessidade de ajustes nas operações das empresas muitas vezes entra em conflito com a estabilidade dos empregados, gerando tensões e questionamentos quanto aos rumos do mercado de trabalho.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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