Emissão superior de US$ 17,2 bilhões de dívida de longo prazo (30 anos) e notas (10 anos). Investidores exigem baixos preços para comprar. T-Bills, T-Notes, e TIPS leilões. Rendimentos esperados de notas de 10 anos. Washington’s borrowing needs vs. curto prazo dívida máximas observadas.
O Tesouro dos EUA anunciou hoje que planeja leiloar uma quantia considerável de títulos de longo prazo nos próximos trimestres, seguindo a estratégia adotada anteriormente.
A decisão do Tesouro dos EUA pode impactar as operações do Banco da Reserva Federal dos EUA e as políticas do Ministério da Tesouraria dos EUA nos próximos meses.
Plano de Emissão de Títulos do Tesouro dos EUA
Apesar das projeções de aumento do endividamento líquido apresentadas no início da semana, o Tesouro, conforme divulgado em seu plano de venda de dívida hoje, planeja emitir a mesma quantidade de títulos de 10, 20 e 30 anos de maio a julho, mantendo a estratégia adotada entre fevereiro e abril. No entanto, pretende aumentar os leilões de T-Bills, T-Notes e TIPS, títulos do Tesouro atrelados à inflação, durante o período.
Os próximos leilões estão agendados para o mês de maio, com um total de US$ 125 bilhões em oferta. Haverá leilões de US$ 58 bilhões em títulos de 3 anos em 7 de maio, US$ 42 bilhões em títulos de 10 anos em 8 de maio e US$ 25 bilhões em títulos de 30 anos em 9 de maio. Essa movimentação visa rolar uma dívida de US$ 107,8 bilhões que vence em 15 de maio, com o objetivo de arrecadar US$ 17,2 bilhões em caixa para o Tesouro.
Uma emissão acima do previsto pode resultar em investidores demandando preços mais baixos para adquirir a dívida, o que elevaria os rendimentos, impactando diretamente nos custos de empréstimos em toda a economia. Os rendimentos das notas de 10 anos fecharam abril em 4,683%, registrando um aumento de 0,491 ponto percentual em relação ao mês anterior. Esse foi o maior ganho em um único mês desde setembro de 2022.
Ao longo dos anos, o Tesouro dos EUA tem financiado operações governamentais e subsídios públicos através da captação de recursos do público. Para atender às necessidades previstas em Washington, o Tesouro planeja contrair mais dívidas de curto prazo nos próximos dias, com vencimentos em um mês, seis semanas e dois meses, visando elevar os níveis de dívida de curto prazo, aproximando-se das máximas observadas no início deste ano.
O Tesouro reafirmou que, pelo menos nos trimestres próximos, não prevê a necessidade de aumentar a emissão de títulos de longo prazo. Permanece atento às condições do mercado e às necessidades de financiamento do governo para manter a estabilidade e o equilíbrio nas finanças públicas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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