Volume arrecadado de R$ 202,9 bi no mês, dados da Receita revelam alta real com correção inflacionária nas receitas administradas.
Os valores arrecadados em impostos pela receita federal atingiram R$ 202,9 bilhões em maio, estabelecendo mais um marco. De janeiro a maio, o montante arrecadado foi de R$ 1,099 trilhão, o maior da série histórica em termos reais. Esses números representam um aumento real (acima da inflação) de 10,46% em comparação com maio do ano anterior. Sem levar em conta a correção inflacionária, a arrecadação registrou um crescimento de 14,8% no mês de maio.
No contexto da tributação nacional, a expressiva marca de R$ 202,9 bilhões arrecadados em maio reflete a eficiência dos mecanismos fiscais. A alta de 14,8% na arrecadação, desconsiderando a inflação, ressalta a importância das políticas de impostos para o desenvolvimento econômico do país.
Arrecadação de Receitas e Tributação em Destaque
Os dados mais recentes, divulgados pela Receita Federal do Brasil (RFB) nesta terça-feira (25), revelam um aumento significativo no volume arrecadado. De janeiro a maio, foi registrado um crescimento real de 8,72% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Especificamente nas receitas administradas pela Receita Federal, o aumento real em maio foi de 10,4%, totalizando expressivos R$ 196,6 bilhões. No acumulado do ano, as receitas administradas atingiram a marca de R$ 1,034 trilhão, representando um crescimento real de 8,74%.
Além disso, a arrecadação proveniente de outros órgãos federais, que inclui dados como royalties de petróleo, alcançou R$ 6,3 bilhões no último mês, com um aumento real de 12,6%. No período anual, a arrecadação desses órgãos totalizou R$ 54,8 bilhões, registrando um crescimento real de 8,41%.
No que diz respeito às desonerações, o governo federal deixou de arrecadar um montante de R$ 51 bilhões nos primeiros cinco meses deste ano, refletindo uma redução de R$ 11,5 bilhões em relação ao mesmo período de 2023. As principais fontes de renúncia fiscal incluem PIS/Cofins sobre combustíveis (R$ 2 bilhões), IPI-Total (R$ 845 milhões), Lucro Presumido (R$ 741 milhões), Entidades Beneficentes – Cebas (R$ 575 milhões), Transporte Coletivo (R$ 275 milhões) e Cesta Básica (R$ 275 milhões), com o item ‘Outros’ totalizando R$ 46,2 bilhões.
A importância desses números reside na avaliação da viabilidade do governo em atingir a meta de zerar o déficit zero, equilibrando gastos e receitas. Essa meta é fundamental para manter a saúde das contas públicas e atrair investidores, reduzindo a percepção de risco e os prêmios exigidos para investir no Brasil. Uma arrecadação robusta é um indicativo positivo, porém, é essencial que os gastos sejam controlados para garantir o equilíbrio fiscal.
Em meio às projeções do governo de um déficit de R$ 14,5 bilhões em 2024, a arrecadação precisa continuar crescendo, enquanto os gastos são contidos. Dessa forma, será possível manter um ambiente econômico estável e atrativo para investimentos, contribuindo para o desenvolvimento do país.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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