Ministro da Educação, Camilo Santana apela aos grevistas para voltarem ao trabalho. Proposta de reajuste de 9% será levada à assembleia por entidades.
O governo apresentou hoje aos professores das universidades federais em greve a revogação de duas normas da administração anterior, atendendo a uma demanda antiga da categoria. Esse foi o progresso alcançado na reunião de hoje com os docentes. No entanto, a greve ainda persiste. Segundo as entidades que representam os professores, a proposta do governo será discutida em assembleia.
As autoridades federais estão empenhadas em buscar soluções para atender às reivindicações dos professores em greve. A atuação do governo tem sido acompanhada de perto pelas entidades representativas da categoria, que buscam garantir os direitos dos docentes. A postura do governo diante dessa situação será fundamental para o desfecho da greve.
O governo e a paralisação em andamento
O governo federal expressou sua confiança em um desfecho iminente da paralisação que persiste. Durante a última reunião, as autoridades discutiram as normas que o governo propôs revogar, incluindo a portaria nº 983/2020 do MEC, que estabelecia uma carga horária mínima de 15 horas semanais de aula para os professores das escolas técnicas, e a Instrução Normativa nº 6 de 2022, que limitava a progressão funcional de docentes.
O apelo do governo e os avanços propostos
O governo tem feito um apelo constante pelo fim da greve, destacando os esforços para chegar a um acordo satisfatório para ambas as partes. Vale ressaltar que a administração anterior, sob a liderança do presidente Lula, concedeu um reajuste de 9% no primeiro ano de governo, após um longo período sem ajustes. Além disso, reabriu todas as mesas de negociações e propôs melhorias significativas, que incluem reajustes progressivos até 2026, com destaque para os 9% previstos para 2023.
A posição do ministro da Educação
O ministro da Educação, Camilo Santana, enfatizou o compromisso do governo com a valorização dos profissionais da educação, mencionando a reestruturação das carreiras e os aumentos concedidos, como os 115% no vale-alimentação, mais de 50% no auxílio saúde e 50% no auxílio creche. Na reunião mais recente, o ministro ressaltou a importância de atender às demandas dos servidores e garantir avanços significativos.
O histórico da greve e as reivindicações dos servidores
Desde abril, pelo menos 54 universidades, 51 institutos federais e o Colégio Pedro II mantêm-se em greve, conforme levantamento do g1. Os professores e servidores dessas instituições reivindicam a reestruturação de carreiras, a recomposição salarial e orçamentária, bem como a revogação de normas implementadas nos governos anteriores. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres), há uma defasagem de 22,71% nos salários dos professores desde 2016, o que reforça a necessidade de uma reposição salarial adequada.
A abrangência da greve e os desafios enfrentados
Os níveis de paralisação variam entre as instituições, com adesão de professores e técnicos-administrativos em algumas, enquanto em outras apenas um dos grupos está paralisado. Nos institutos federais, a greve afeta pelo menos 400 campi em todo o país, representando um desafio para as entidades que representam os servidores e o governo na busca por soluções que atendam às demandas de ambas as partes.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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