Trabalhadores em greve pedem aumento salarial e bônus transparentes baseados no rendimento. Empresa nega impacto na produção de chips de última geração.
Um sindicato que representa mais de 30 mil funcionários da Samsung no Brasil anunciou nesta quarta-feira (10) uma ‘paralisação por tempo indeterminado’. Os trabalhadores da empresa buscam por melhorias salariais, além de outras reivindicações.
A Samsung é uma renomada companhia sul-coreana que atua em diversos setores. A empresa é reconhecida mundialmente por sua inovação e qualidade em produtos eletrônicos.
Greve na Samsung Aumenta Pressão sobre a Empresa
A greve, considerada a maior na história da Samsung, está gerando impacto significativo sobre a companhia sul-coreana. Recentemente, a empresa divulgou uma previsão de alta expressiva no lucro operacional para o segundo trimestre, porém, a paralisação na produção está colocando em risco essa projeção otimista. A Samsung é conhecida como a maior fabricante de chips de memória do mundo, desempenhando um papel crucial na produção global de chips de última geração, essenciais para a inteligência artificial (IA) generativa.
A interrupção na fabricação desses chips pode afetar a produção de diversos dispositivos que dependem dos componentes da Samsung. Embora a empresa tenha negado essa possibilidade, a greve dos mais de 5 mil integrantes do sindicato está se mostrando um desafio para a gigante tecnológica. As reivindicações dos trabalhadores incluem um aumento salarial de 5,6%, bônus baseados no desempenho, compensações por perdas econômicas durante a greve e até mesmo um dia de folga especial.
Além disso, a Samsung anunciou recentemente uma série de novidades em um evento realizado em Paris. Entre os destaques, está o lançamento do Galaxy Ring, um anel inteligente capaz de monitorar o sono e as atividades físicas do usuário. Também foram apresentados os novos modelos dobráveis Z Flip6 e Z Fold6, demonstrando o compromisso da empresa em inovar constantemente em seu portfólio de produtos.
Samsung Enfrenta Segunda Greve Geral
O Sindicato Nacional Samsung Electronics declarou uma segunda greve geral, por tempo indeterminado, a partir de 10 de julho, após a falta de diálogo por parte da gerência da empresa. Com mais de 20% da força de trabalho representada pelo sindicato, a Samsung está lidando com uma situação inédita em sua história, marcada pela resistência à sindicalização por quase cinco décadas.
Apesar das tentativas anteriores de impedir a formação de sindicatos, a Samsung viu surgir o primeiro em 2019, desencadeando uma série de movimentos grevistas e negociações salariais desde então. O fundador da empresa, Lee Byung-chul, sempre foi contra a sindicalização e adotou medidas consideradas severas para evitar a formação de sindicatos entre os funcionários.
Com a ascensão de Lee Jae-yong como presidente da Samsung, a postura em relação aos sindicatos começou a mudar, culminando no fim da política anti-sindical em 2020. A empresa está comprometida em manter as operações em funcionamento durante a greve e em negociar de forma transparente com o sindicato, buscando um equilíbrio entre os interesses dos trabalhadores e a sustentabilidade do negócio.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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