Promessa de postura otimista e realista do ministro Herman Benjamin no STJ e no Brasil, com autoridades dos Três Poderes.
Com a promessa de uma abordagem otimista e realista para lidar com os desafios do STJ e do Brasil, o ministro Herman Benjamin assumiu hoje a presidência do tribunal. Herman Benjamin liderará o Superior Tribunal de Justiça no período de 2024 a 2026. Ele ficará no cargo pelos próximos dois anos, sucedendo a ministra Maria Thereza de Assis Moura.
No Tribunal de Justiça do Brasil, o ministro Herman Benjamin foi empossado como presidente, prometendo uma gestão comprometida com a justiça e a eficiência. A presidência do STJ nos próximos dois anos estará sob a responsabilidade de Benjamin, que sucede a ministra Maria Thereza de Assis Moura. A expectativa é de avanços significativos durante sua gestão.
STJ: Cerimônia de Posse de Luis Felipe Salomão
E será acompanhado pelo ministro Luis Felipe Salomão, que assumiu a vice-presidência no lugar de Og Fernandes. Em seu discurso, ladeado por autoridades dos Três Poderes, do Ministério Público e da advocacia, o ministro relembrou a experiência profissional, as descobertas feitas na vida, disse estar feliz e realizado e prometeu empenho.
Apesar das graves dificuldades que ainda enfrentamos, que são tantas, sinto certo otimismo realista. Otimismo porque não devemos ou podemos sucumbir ao discurso do pessimismo, do fatalismo e do ódio. E realismo porque não ignoramos — e nem seria aceitável ignorar — os desafios que temos.
O ministro abordou em sua fala temas em que costuma atuar e pelos quais é internacionalmente reconhecido, como Direito do Consumidor, Direito Ambiental e os direitos dos povos originários. Ele destacou ainda que não haverá Estado de Direito robusto enquanto houver penúria.
Essas preocupações não devem estar longe dos juízes ou fora dos tribunais. O Estado Ecossocial de Direito, território por excelência do STJ, é, antes de tudo, roteiro de inclusão social, étnica e ambiental, e de quebra de tradições antiquíssimas de desigualdade, concentração de renda, de terras e de bem-estar.
Em nota final, Benjamin prometeu empenho para, ao lado do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, combater o êxodo da carreira da magistratura.
STJ: Passagem de Bastão e Desafios Futuros
Ao abrir a cerimônia, a ministra Maria Thereza de Assis Moura destacou os currículos de Benjamin e Salomão e desejou a eles sucesso em suas novas funções, diante do momento desafiador que o tribunal vive, por causa da carga crescente e excessiva de processos — foram 460 mil novos em 2023. Ela disse que a passagem de Herman Benjamin pela 1ª Seção do STJ foi marcada pela clareza e precisão com que sempre abordou casos complexos, o que reflete sua vasta experiência e erudição. Sobre Salomão, a magistrada destacou sua firme atuação como corregedor-geral da Justiça Eleitoral e, mais recentemente, como corregedor nacional de Justiça, cargo exercido no Conselho Nacional de Justiça.
Temos plena certeza de que a nova administração estará bem equipada para enfrentar os desafios e que a chegada desses novos líderes, com currículos ilustres e experiências diversas, trará perspectiva renovadora, eficaz e alinhada com as demandas atuais e futuras. Em nome do tribunal, a ministra Nancy Andrighi destacou em seu discurso as preocupações e os desafios que o STJ enfrenta, mas exaltou a capacidade de Herman Benjamin e Luis Felipe Salomão para lidar com eles.
Podemos constatar que estamos diante de dois magistrados gigantes. E gigantes na defesa do Superior Tribunal de Justiça.
Fonte: © Conjur
Comentários sobre este artigo