Aumento de apostas em corte de juros nos EUA animou investidores, tornando mercados emergentes como o Brasil mais atrativos, um importante indicador para a carteira de capitais.
Após uma semana marcada por altos e baixos, com a divulgação de indicadores econômicos importantes tanto no Brasil quanto no exterior, o Ibovespa conseguiu manter-se em alta e recuperar o sinal positivo no acumulado do ano, que havia sido perdido temporariamente no pregão de quinta-feira. Esse desempenho positivo foi influenciado pela decisão de corte de juros no Banco Central Europeu (BCE), que gerou um impacto significativo nos mercados financeiros globais.
No mercado financeiro brasileiro, o Ibovespa se destacou como um dos principais índices da Bolsa, registrando um desempenho notável em meio à incerteza econômica. A recuperação do índice foi um sinal positivo para os investidores, que acompanharam de perto as movimentações do mercado. A estabilidade do Ibovespa é fundamental para o crescimento da economia brasileira. Além disso, a Bolsa brasileira também registrou um aumento no volume de negócios, indicando um aumento da confiança dos investidores no mercado financeiro nacional.
O Ibovespa e o Mercado Financeiro Brasileiro
A bolsa brasileira experimentou um aumento significativo, impulsionada pelo otimismo global em relação ao esperado corte de juros nos Estados Unidos. Nesta sexta-feira, o mercado aumentou as apostas em uma redução mais agressiva de meio ponto, o que animou os investidores. Quando maior o corte, menos atrativa é a renda fixa americana e mais atrativos se tornam os investimentos em mercados mais arriscados, como bolsas de emergentes como o Brasil.
O Ibovespa, principal indicador do mercado financeiro brasileiro, avançou 0,71% hoje, atingindo 134.882 pontos e encerrou a semana com ganhos de 0,23%. Neste pregão, o Ibovespa inverteu mais uma vez o sinal no ano, ontem chegou a ficar negativo em 2024. Agora sobe 0,52% no acumulado de janeiro a setembro. No mês, a queda é de 0,83%.
O Mercado de Capitais e a Taxa de Juros
O giro financeiro, que soma o volume de recursos nas negociações, foi de R$ 15,1 bilhões, ante a média diária de R$ 16,6 bilhões nos últimos 12 meses. Outro fator favorável foi o resultado do IBC-br, uma espécie de ‘PIB mensal’. O Ibovespa reage tanto a fatores externos, como a expectativa de cortes mais agressivos nos juros americanos, quanto a fatores internos, como a preparação do mercado para a decisão do Copom e os dados do IBC-Br.
Ambos os cenários favorecem o movimento de alta, com o índice se aproximando dos 135 mil pontos, refletindo um otimismo cauteloso dos investidores. Em 12 meses até julho, o IBC-br acumula alta de 2%. Já na comparação com julho de 2023, a alta é de 5,3%. No ano, o indicador sobe 2,6%.
O Impacto do Corte de Juros nos Estados Unidos
Os dados seguem positivos e contratam crescimento do PIB próximo de 3% para o ano. Seus reflexos sobre a criação de vagas de trabalho e aceleração dos rendimentos perfazem pressão importante sobre a inflação de demanda e vêm sendo monitorados de perto pelo Banco Central. Após dados de inflação ao consumidor e ao produtor dentro do esperado, o mercado foi consolidando a idéia de que haverá um corte de 0,25 na taxa de juros americana na próxima quarta-feira.
Mas as apostas em uma interferência mais agressiva, de meio ponto, cresceram após uma reportagem do Wall Street Journal e declarações do ex-presidente do Fed de Nova York, Bill Dudley, sugerirem a possibilidade de um afrouxamento monetário mais intenso. Em Nova York, os índices Nasdaq e S&P 500 tiveram a semana com melhor desempenho em 2024.
O Dólar e o Mercado Internacional
As ações de tecnologia voltaram aos holofotes dos investidores depois de um período de rotação de carteira, em que a exposição a esses papéis deu lugar ao investimento em empresas mais tradicionais. Seguindo o bom humor do mercado internacional, o dólar recuou, diante de expectativa de queda de juros nos Estados Unidos. Neste contexto, os mercados emergentes voltam a ser atraentes para os investidores.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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