Alexandre Ossaim, babalorixá de 62 anos, acusa grupo de Umbanda de incendiar sua Vila Amor, na Esquina do Almoxarifado. Ele vê isso como intolerância religiosa e racismo. Objetos sagrados e artefatos inflamáveis destruídos.
THIAGO BOMFIMRIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O incêndio que atingiu o centro espírita Templo de Luz, em Petrópolis (RJ), causou consternação entre os frequentadores. Mãe de santo suspeita que incêndio tenha sido causado por motivos pessoais. A ialorixá Marta de Oxum, de 50 anos, declarou à imprensa local que considera o episódio um ataque à liberdade de crença e à diversidade religiosa.
As autoridades locais investigam o incêndio que deixou o espaço queimado e causou prejuízos materiais. O fogo se alastrou rapidamente, mas felizmente não houve feridos. A comunidade se une para reconstruir o local queimado e reafirmar a importância da tolerância e respeito mútuo.
Incêndio atinge terreiro de Umbanda em Vila Velha
Grupo de Umbanda Aprendizes do Amor, localizado em Vila Velha, teve parte de seu espaço consumido pelo fogo devastador. Objetos sagrados e artefatos essenciais para as práticas religiosas foram queimados no incêndio, que teve início no almoxarifado do terreiro. A presença de materiais inflamáveis no local contribuiu para a rápida propagação das chamas, colocando em risco tudo o que ali estava guardado.
Segundo relatos, a pronta intervenção dos bombeiros foi fundamental para conter as chamas antes que o fogo se alastrasse e destruísse completamente o terreiro. Não é a primeira vez que o local é alvo de ataques, conforme afirmou Alexandre de Ossaim, representante do terreiro.
Repercussão do incêndio e apelo por tolerância religiosa
O impacto do incêndio foi sentido não apenas materialmente, mas também emocionalmente pelas pessoas ligadas ao Grupo de Umbanda Aprendizes do Amor. A intolerância religiosa, o racismo e a crueldade se revelaram mais uma vez, deixando feridas profundas nas comunidades afrodescendentes.
O pai de santo, em meio à dor provocada pela destruição do patrimônio sagrado, questionou a persistência da intolerância: ‘[intolerância], disse. O incêndio não foi apenas um ataque físico, mas simbólico, representando a luta contínua contra a discriminação e a falta de respeito às diversas manifestações religiosas.
Investigação e busca por justiça após o incêndio no terreiro
O caso do incêndio no terreiro de Umbanda foi levado às autoridades policiais, mas a resposta das instituições ainda não foi conclusiva. O Grupo de Umbanda Aprendizes do Amor clamou por justiça e ressaltou a importância de denunciar crimes dessa natureza, buscando identificar os responsáveis e garantir que sejam responsabilizados.
Em um cenário onde a liberdade de crença e o respeito mútuo deveriam prevalecer, episódios como esse lançam luz sobre a urgência de combater a intolerância religiosa e o racismo em todas as suas formas. A comunidade religiosa se une na esperança de que atos de ódio como esse não se repitam, e que a justiça prevaleça para restaurar a paz e a harmonia que foram queimadas pelas chamas do incêndio.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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