Papéis prefixados mantêm níveis parecidos com a última sessão, atrelados à inflação, retorno real, movimento monetário.
Os títulos do Tesouro Direto ligados à inflação estão em destaque nesta segunda-feira (27), em comparação com o fechamento anterior. Os vencimentos em 2045 e 2055 oferecem um retorno real de 6,12% ao ano. Na última sexta-feira, os mesmos títulos proporcionavam 6,11% e 6,10%, respectivamente. Já os papéis prefixados seguem com rendimentos semelhantes aos da sessão anterior. Por volta das 10h30, os títulos públicos com prazo em 2027 e 2031 garantiam 11,15% e 11,83% de retorno.
O investimento no Tesouro Direto é uma excelente opção para quem busca rentabilidade de longo prazo. Os títulos disponíveis oferecem diferentes prazos e modalidades, permitindo ao investidor diversificar sua carteira. Além disso, a possibilidade de resgate antecipado torna o Tesouro Direto uma alternativa flexível e segura para quem deseja investir com tranquilidade. Dessa forma, é possível construir uma estratégia de investimento sólida e alinhada com objetivos financeiros de longo prazo.
Tesouro Direto: uma opção de investimento de longo prazo
Na sexta-feira, os títulos públicos atrelados à inflação encerraram o dia com retornos de 11,14% e 11,80%. O que está movimentando o mercado hoje é o clássico Boletim Focus do Banco Central (BC). O relatório apontou um aumento na projeção da inflação para este ano, subindo de 3,80% para 3,86%, seguindo um padrão semelhante às últimas semanas. Essa tendência também se reflete nas previsões para os próximos anos.
Quanto à taxa Selic para este ano, a mediana das expectativas se manteve estável após algumas semanas de alta, permanecendo em 10,0% até o final de 2024. No Termômetro do Copom do Valor Investe, a maioria dos investidores acredita que a Selic será mantida em 10,50% na próxima reunião.
Os analistas estão adotando uma postura mais cautelosa em relação aos títulos de longo prazo, devido aos potenciais riscos em um horizonte monetário e fiscal incerto. Apesar de fazerem parte da renda fixa, o Tesouro Direto é visto como uma opção mais segura de investimento.
A discussão gira em torno da viabilidade de manter um investimento de longo prazo que oferece uma taxa de retorno muito próxima à dos títulos de curto prazo. Por exemplo, um título com vencimento em 2055 pagando 6,12% está apenas 0,01 ponto percentual acima de um título mais curto com vencimento em 2029.
O Santander, em seu relatório de renda fixa, sugere a alocação no Tesouro IPCA+ 2035, que se encontra em um ponto intermediário. Segundo o documento, caso haja um aumento no risco percebido e uma valorização do dólar, a proteção contra a inflação oferecida por esse título pode ser vantajosa.
É importante lembrar que as taxas e preços dos títulos têm uma relação inversamente proporcional. Ou seja, quanto maior a taxa, menor o preço, e vice-versa. Portanto, mesmo que um aumento nas taxas seja positivo para os investidores, garantindo uma rentabilidade maior se mantiverem o investimento até o vencimento, o valor de mercado dos títulos pode diminuir, resultando em perdas temporárias para os detentores dos papéis.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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