Comunicado de Hamas: aceitou proposta de pausa israelense, exigiu acordo, rejeitou elementos, oferta egípcia, estratégia, intensos ataques aéreos (149 caracteres)
O grupo militante palestino Hamas concordou nesta segunda-feira (6) com uma proposta dos mediadores por um trégua em Gaza, mas Israel afirmou que os termos não cumprem suas demandas e seguiu com ataques contra Rafah, ao mesmo tempo em que planeja continuar as negociações por um acordo.
Enquanto as partes envolvidas discutem a possibilidade de uma pausa nos confrontos, a comunidade internacional segue pressionando por um cessar-fogo dos conflitos na região de Gaza, buscando uma solução pacífica para a situação delicada.
Israel e Hamas aceitam proposta de trégua após intensos ataques aéreos em Rafah
O desdobramento da guerra de sete meses culminou com as forças israelenses atingindo Rafah, no extremo sul de Gaza, tanto pelo ar quanto pela terra, e emitindo ordens para que os moradores evacuassem áreas da cidade, que tem servido como refúgio para mais de 1 milhão de palestinos deslocados. Em meio a essa tensão, o Hamas anunciou, em um comunicado sucinto, que seu líder, Ismail Haniyeh, informou aos mediadores do Catar e do Egito que o grupo havia aceitado a proposta de cessar-fogo apresentada por eles.
Por sua vez, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou posteriormente que a mais recente proposta de trégua do Hamas não atendia às demandas de Israel, mas que uma delegação seria enviada para se reunir com os negociadores e buscar um acordo. O comunicado do gabinete de Netanyahu também confirmou a aprovação, por unanimidade, da continuidade da operação em Rafah. De acordo com a nota divulgada, a operação visa exercer pressão militar sobre o Hamas e avançar com a libertação dos reféns e outros objetivos da guerra.
Enquanto isso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, instou Israel e o Hamas a fazerem um esforço adicional para alcançar um acordo, conforme comunicado de seu porta-voz. Em meio ao cenário de negociações complexas, uma autoridade israelense, sob condição de anonimato, apontou que a proposta aceita pelo Hamas era uma versão amenizada de uma oferta egípcia e continha elementos que Israel não poderia aceitar. Há suspeitas de que isso possa ser um estratagema para culpar Israel por recusar um acordo.
No entanto, outra fonte informada sobre as negociações de paz, também sob anonimato, afirmou que a proposta aceita pelo Hamas era essencialmente a mesma que Israel aceitara no final de abril. Qualquer trégua representaria a primeira pausa nos conflitos desde um cessar-fogo de uma semana em novembro, durante o qual o Hamas libertou cerca de metade dos reféns. Rafah, na fronteira com o Egito, tem sido o ponto focal recente das operações, com Israel conduzindo operações limitadas na região leste da cidade.
As ações militares foram acompanhadas por intensos ataques aéreos, como relatado por moradores palestinos. Junto com as ordens de evacuação, os bombardeios se intensificaram, gerando apreensão entre os habitantes. Jaber Abu Nazly, um pai palestino de dois filhos, expressou preocupação: ‘Eles estão atirando desde a noite passada e hoje, após as ordens de evacuação, os bombardeios aumentaram. Parece que querem nos intimidar para que saiamos.’ A incerteza paira sobre a população de Gaza, que se pergunta se há algum lugar seguro na região.
Fonte: @ Agencia Brasil
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