No comunicado, Hamas estudou proposta de cessar-fogo temporário e busca um acordo que aborde palestinos’ exigências: troca de reféns, saúde, negociações. Autoridades esperam ultimato. Cessar-fogo em andamento.
Integrantes do grupo terrorista Hamas, que estão em conflito com as forças de Israel na Faixa de Gaza, irão participar de uma reunião na cidade do Cairo, no Egito, no próximo sábado (4), para discutir uma proposta de cessar-fogo temporário e troca de reféns com os israelenses. A expectativa é que o encontro traga novidades sobre as negociações em curso entre o Hamas e Israel.
Em meio à escalada de violência, o Hamas, conhecido como uma organização militante, tem recebido propostas de trégua que incluem a interrupção dos ataques e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos em Israel. Desde o início do conflito em outubro, o grupo terrorista já causou muitas mortes e sequestros, resultando em um cenário de tensão na região. É crucial que as negociações avancem em busca de uma solução pacífica e duradoura para o conflito entre o Hamas e Israel.
A difícil situação de reféns em meio a negociações com o Hamas
Dessas, 105 foram libertadas em uma trégua. Atualmente, o governo de Israel calcula que cerca de 130 reféns israelenses ainda estejam em Gaza. Desses, pelo menos 35 são dados como mortos pelas autoridades. De acordo com autoridades da Saúde da Faixa de Gaza, controladas pelo Hamas, 34 mil pessoas morreram na Palestina e 77 mil foram feridas por fogo israelense na guerra. As forças de Israel afirmam que 600 soldados morreram em combate.
Intensificando as negociações de cessar-fogo com o Hamas
O Egito, país vizinho dos palestinos e israelenses, tem atuado como intermediário nas discussões de cessar-fogo. William Burns, diretor da CIA dos Estados Unidos, está no Cairo para participar das negociações com o Hamas. Em comunicado, o grupo terrorista declarou que vai ao Cairo ‘em um espírito positivo’ após analisar a mais recente proposta de trégua. Eles afirmam estar empenhados em alcançar um acordo que atenda às demandas palestinas.
Pressão e incertezas nas discussões com o Hamas
O governo de Israel liderado por Benjamin Netanyahu permanece em silêncio quanto às negociações em andamento. Líderes políticos do Hamas devem viajar ao Egito para se reunir, possivelmente, com o braço armado do grupo e deliberar sobre a proposta de acordo. O governo egípcio expressa preocupação com a possível hostilidade em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza e fronteira com o Egito, que se tornou refúgio para mais de 1 milhão de palestinos durante o conflito.
Desde o início da guerra, a região tem sido um ponto estratégico para o Hamas. Netanyahu sinalizou que as forças israelenses podem intervir em Rafah, mesmo diante de um acordo. Os EUA, aliados de Israel, manifestaram oposição a uma operação na cidade.
Ultimato e proposta: resistirá o Hamas?
De acordo com o Wall Street Journal, Israel emitiu um ultimato ao Hamas: caso não aceitem o acordo de cessar-fogo em uma semana, haverá uma invasão em Rafah. Os termos em discussão incluem uma trégua inicial de até 40 dias, com a libertação de 33 reféns por parte do Hamas. Se as condições forem respeitadas, um cessar-fogo mais longo seria negociado, com a libertação de mais reféns ao longo do tempo.
Essas tentativas não são novas desde o início do conflito em 7 de novembro. Geralmente, as partes concordam em libertar prisioneiros e reféns, mas discordam em questões como o retorno dos civis a Gaza. A Frente Popular pela Libertação da Palestina, aliada do Hamas, também está envolvida nas tratativas, indicando um possível entendimento entre os palestinos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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