Primeiro-ministro japonês visita Brasil: transição, energia, proteção, Amazônia, recuperação, Cerrado, degradado, história, reivindicação, participação, etanol, brasileiro, neo-industrialização, brasileira, Programa Aceleração Crescimento – energética, transição, Amazônia, etanol.
O acesso do Brasil ao mercado de carne bovina do Japão será um dos assuntos debatidos durante a reunião entre o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, nesta sexta-feira, 3 de setembro. Além disso, a transição energética, a proteção da Amazônia e a recuperação do Cerrado degradado também estarão em pauta.
Durante o encontro, serão abordados temas relevantes como a proteção da Amazônia e a recuperação do Cerrado, além do mencionado acesso ao mercado japonês de carne bovina. A reunião entre Fumio Kishida e Luiz Inácio Lula da Silva promete trazer discussões importantes para o cenário econômico e ambiental brasileiro.
Brasil busca ampliar acesso ao mercado japonês
O governo brasileiro tem a oportunidade de fortalecer os laços políticos, ambientais e econômicos com o Japão durante a visita do primeiro-ministro japonês, a primeira desde 2014. Um dos pontos cruciais dessa aproximação é a antiga reivindicação brasileira de participar do mercado de carne bovina do Japão.
O embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE), enfatizou a importância de buscar acesso ao mercado japonês para a carne bovina brasileira, ressaltando também a ampliação do acesso à carne suína, que atualmente tem permissão de exportação somente por Santa Catarina para o Japão.
Com o Japão importando cerca de 70% da carne bovina que consome, gastando entre US$ 3 e US$ 4 bilhões por ano, principalmente dos Estados Unidos e da Austrália, a abertura desse mercado seria crucial para o Brasil. Desde 2005, o Brasil tem tentado sem êxito ingressar nesse mercado. A situação sanitária do Brasil melhorou significativamente desde então, com reconhecimento de áreas livres de febre aftosa sem vacinação.
Outra frente de interesse para o Brasil é a expansão da participação do etanol brasileiro no Japão. O embaixador Saboia destacou a superioridade do etanol brasileiro em termos de eficiência energética em comparação com outros fornecedores, como os Estados Unidos.
O Brasil também pretende envolver o Japão nos investimentos da neoindustrialização brasileira e no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), programas essenciais para o desenvolvimento da indústria e da infraestrutura do país.
A visita do primeiro-ministro Kishida ao Brasil inclui encontros com o presidente Lula e assinatura de acordos nas áreas de cibersegurança, ciência e tecnologia, indústria, agricultura e meio ambiente. A comitiva japonesa traz consigo 35 líderes empresariais, evidenciando o interesse mútuo em fortalecer os laços comerciais.
Além disso, o governo brasileiro vê a possibilidade de auxiliar o Japão em sua transição energética, propondo investimentos em energia renovável no Brasil para exportação de energia limpa ao Japão. Essa parceria poderia ser benéfica para ambos os países, fortalecendo a cooperação em meio ambiente e energia sustentável.
Fonte: @ Agencia Brasil
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