Presidente discursou na Assembleia Geral da ONU sobre mudanças climáticas, enquanto o país enfrenta estiagem e queimadas, pressionando a gestão federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da atuação do seu governo na luta contra os incêndios que assolam o País, enfatizando a necessidade de uma ação mais eficaz para combater a crise climática. Durante a abertura do Debate Geral da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente reforçou que o governo federal não pode se eximir de suas responsabilidades.
Em sua fala, Lula da Silva também ressaltou a importância da gestão eficaz dos recursos naturais e da implementação de políticas públicas que visem reduzir o impacto das mudanças climáticas. Além disso, ele enfatizou que o poder executivo deve trabalhar em estreita colaboração com outros setores da sociedade para encontrar soluções para a crise climática. A ação conjunta é fundamental para superar esse desafio.
O Governo e a Gestão Federal em Questão
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido alvo de críticas devido ao avanço da seca e da escalada de incêndios nas últimas semanas. A administração federal foi alertada sobre os riscos desde o início do ano, mas a situação continua a se agravar. Na Amazônia e no Pantanal, o número de queimadas bateu recorde no primeiro semestre, enquanto a estiagem é a mais grave em sete décadas, desde o início das medições federais.
O discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU destacou as mudanças climáticas como um dos principais desafios enfrentados pelo governo. Ele afirmou que seu governo também luta contra quem ‘lucra com a degradação ambiental’ e criticou o garimpo ilegal e o crime organizado. ‘No Sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo País e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto’, disse Lula.
O Poder Executivo e a Responsabilidade Ambiental
Lula enfatizou que o governo não terceiriza responsabilidades nem abdica da sua soberania. ‘Já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer muito mais’, emendou o petista. Ele destacou que o Brasil reduziu o desmatamento na Amazônia em 50% no último ano e prometeu erradicá-lo até 2030. Além disso, o presidente defendeu que não é admissível pensar em soluções para as florestas tropicais sem ouvir os povos indígenas e outras comunidades tradicionais.
A gestão federal tem sido questionada sobre sua capacidade de lidar com as mudanças climáticas e a degradação ambiental. No entanto, Lula afirmou que a visão de desenvolvimento sustentável do governo está alicerçada na bioeconomia. ‘O Brasil sediará a COP-30 em 2025 convicto de que o multilateralismo é o único caminho para superar a mudança climática’, disse. ‘Nossa Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) será apresentada ainda este ano, em linha com o objetivo de limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5ºC’, acrescentou.
Fonte: @ Terra
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