Presidente diz que não há motivo para movimento de greve nas universidades; governo anuncia investimentos de R$ 5,5 mi.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou sua opinião nesta segunda-feira (10) sobre a persistência da greve nas universidades e institutos federais em todo o Brasil, afirmando que ‘não há muita razão para essa greve estar se prolongando como está’. O pronunciamento ocorreu durante uma reunião com reitores no Palácio do Planalto, também nesta segunda-feira (10).
Ao abordar a questão da paralisação nas instituições de ensino superior, Lula reforçou a importância do diálogo e da busca por soluções que atendam às demandas dos servidores e estudantes. Ele ressaltou que é fundamental encontrar um equilíbrio para encerrar a greve de forma satisfatória para todas as partes envolvidas. Além disso, o presidente destacou a necessidade de se garantir a continuidade das atividades acadêmicas e administrativas, visando o bem-estar da comunidade acadêmica e o avanço da educação no país.
Greve nas universidades: investimentos e paralisação
Ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, o presidente anunciou R$ 5,5 bilhões em aportes para universidades no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em meio a greves persistentes, Lula recebe reitores para anúncio de obras do PAC. O líder reúne ministros e líderes sindicais para debater articulação e prioridades do governo no Congresso, evitando discussões sobre aumento do número de ministros do STF.
O montante previsto contempla a instalação de novos campi, a retomada de obras e a consolidação dos projetos de estruturação da rede federal. Dentre os recursos, R$ 1,75 bilhão será destinado aos hospitais universitários, com a expectativa do governo pelo fim da paralisação. Dirigentes sindicais são instados a encerrar a greve, conforme declaração de Lula, que ressalta a importância da coragem na tomada de decisões.
Lula destaca que as greves têm um período definido para iniciar e terminar, enfatizando a necessidade de liderança sindical para propor e negociar soluções. O presidente ressalta sua trajetória sindical e a importância de considerar os benefícios oferecidos, além de alertar para os prejuízos causados pela prolongada paralisação. Ele enfatiza que a greve não deve perdurar por pequenas porcentagens de reajuste salarial.
Os recursos disponibilizados pelo Ministério da Gestão e Inovação, sob a liderança de Esther Dweck, são considerados indispensáveis para a retomada das atividades acadêmicas. Camilo Santana, ministro da Educação, endossa a necessidade de encerrar a greve, destacando os esforços do governo em promover o diálogo com as categorias sindicais. Ele salienta que a recomposição salarial demanda tempo e esforço, reconhecendo a complexidade do cenário atual.
A greve na educação federal completa 68 dias, conforme dados do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação. O apelo pelo fim da paralisação ganha força, enquanto os investimentos e a busca por soluções continuam sendo pautas centrais nas negociações em curso.
Fonte: © CNN Brasil
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