Incêndio destruiu palácio há 6 anos; espaço abriga exposições temporárias sobre folclore, cultura e animais costeiros.
Um espaço a aproximadamente 400 metros do palácio histórico em processo de reconstrução se transformou, na quinta-feira (29), em um ponto de referência para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. A Estação Museu Nacional passou a operar no local, sendo o primeiro ambiente fixo para interação de estudantes com o acervo da instituição, que sofreu a perda de 80% dos 20 mil exemplares devido ao incêndio ocorrido em 2 de setembro de 2018.
A nova Estação Museu Nacional representa um importante marco na história da instituição, proporcionando um espaço dedicado à educação e preservação da cultura. A iniciativa visa reconstruir o legado perdido e fortalecer o papel do Museu Nacional como um centro de conhecimento e pesquisa de relevância nacional e internacional. A comunidade acadêmica e a população em geral poderão desfrutar desse ambiente renovado e contribuir para a valorização do patrimônio cultural brasileiro.
Museu Nacional: Novo Espaço Inaugurado com Acervo Diversificado
O recém-inaugurado espaço do Museu Nacional, que teve a participação de alunos da rede pública, possui uma extensão aproximada de cinco quadras poliesportivas. Seu acervo abrange desde fósseis e representações de dinossauros até espécies de pequenos animais, como rãs e criaturas costeiras. Além disso, o museu exibe borboletas, artigos indígenas, símbolos do folclore e da cultura brasileira, bem como artefatos do Egito Antigo, incluindo a representação de um sarcófago.
Exposição ‘Um Museu de Descobertas’ no Museu Nacional
Localizado em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, o Museu Nacional apresenta sua nova exposição, intitulada ‘Um Museu de Descobertas’. Nos últimos seis anos, em paralelo aos esforços de recuperação, a instituição organizou exposições temporárias em diferentes endereços, como a Casa da Moeda e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), ambos no centro da cidade, e nos jardins do Paço de São Cristóvão.
Espaço Permanente do Museu Nacional para Visitantes
Agora, o Museu Nacional oferece um espaço permanente para visitação, próximo ao palácio em reconstrução. O acervo combina doações recebidas após o incêndio com itens recuperados, como o Amuleto da Cantora de Amon, datado de mais de 2,7 mil anos. Alunos estiveram presentes na inauguração do novo espaço dedicado a atividades educativas.
Múmia da Sacerdotisa e o Amuleto da Cantora de Amon
A múmia da sacerdotisa, um presente do rei do Egito Quevida Ismail a Dom Pedro II em 1876, permaneceu fechada pelo imperador brasileiro. Após o incêndio, durante as escavações para recuperar o acervo, o amuleto foi descoberto, sendo exposto pela primeira vez em milênios.
Continuidade e Expansão do Museu Nacional
O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, ressalta que a abertura do espaço de visitação demonstra a resiliência da instituição pós-incêndio. Ele destaca que o museu nunca cessou suas atividades de pesquisa e ensino, apesar dos desafios enfrentados. Kellner enfatiza a importância da interação com o público por meio das exposições.
Novos Horizontes para o Museu Nacional
Além de receber o público escolar, o Museu Nacional planeja ampliar suas atrações para a sociedade em geral. O diretor destaca o objetivo de expandir as atividades do museu e reforça o compromisso de estar presente no palácio em reconstrução, simbolizando a continuidade e a evolução da instituição.
Festival Museu Nacional Vive: Celebrando a História e a Cultura
No próximo domingo, véspera do sexto aniversário do incêndio, será realizado o Festival Museu Nacional Vive, na Quinta da Boa Vista. O evento oferecerá diversas atividades gratuitas em meio a essa vasta área verde, que também serve como jardim para o Paço de São Cristóvão.
Fonte: @ Agencia Brasil
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