Humorista preso por lesar 370 pessoas em loja virtual. Coletiva de imprensa revela vídeos obtidos em restaurante da Mercedes branca.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul promoveu uma entrevista coletiva, neste domingo (14), em Porto Alegre, após a detenção de Dilson Alves da Silva Neto, também chamado de Nego Di. De acordo com o delegado Cristiano Reschke, o comediante fazia uso de ironia ao mencionar os clientes de sua loja online, em gravações que foram adquiridas pelas autoridades.
Na investigação, foi revelado que Nego Di utilizava um tom sarcástico ao se dirigir aos consumidores, o que gerou repercussão nas redes sociais. O humorista terá que prestar esclarecimentos sobre suas ações durante o período em que comandava o negócio virtual.
Nego Di: Humorista em Meio a Polêmicas
Recentemente, Nego Di tem sido alvo de diversas polêmicas envolvendo suspeitas de lavagem de dinheiro e estelionato. Em um vídeo que circula na internet, Nego Di aparece de forma debochada enquanto brinca sobre a situação de pessoas que não receberam produtos adquiridos em sua loja virtual. Enquanto isso, ele é visto chegando em seu restaurante em uma Mercedes branca conversível.
A prisão de Nego Di ocorreu em Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina, onde ele foi detido pela Polícia Civil do RS. O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, com sede em Canoas, comentou sobre o caso, destacando as descobertas feitas durante a investigação.
Além disso, a esposa de Nego Di, Gabriela Souza, também esteve envolvida em um incidente, sendo presa por porte de armamento sem registro e restrito das Forças Armadas. Após pagar fiança, ela foi liberada no mesmo dia.
A loja virtual de Nego Di, chamada ‘Tadizuera’, operou por um período específico em 2022, vendendo produtos como aparelhos de ar-condicionado e televisores. No entanto, muitos clientes nunca receberam os itens comprados, resultando em prejuízos significativos.
A movimentação financeira ligada ao humorista na época das vendas ultrapassou os R$ 5 milhões, levantando suspeitas sobre a conduta de Nego Di e seu sócio, Anderson Boneti. Boneti, por sua vez, é considerado foragido, com mandado de prisão preventiva expedido.
As autoridades estimam que o prejuízo dos clientes ultrapasse os R$ 330 mil, mas a investigação sugere que o número de vítimas pode ser ainda maior. Apesar disso, muitas pessoas lesadas pelo esquema não procuraram a polícia para denunciar o influenciador.
Diante desses acontecimentos, a defesa de Nego Di ainda não se pronunciou sobre as acusações, deixando o humorista em meio a uma série de questionamentos e incertezas sobre seu futuro. Enquanto isso, a repercussão do caso continua a crescer, gerando debates e discussões sobre a conduta de figuras públicas no cenário atual.
Fonte: @ Hugo Gloss
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