Baixo consumo na China e sucesso da Adidas afetam resultados da marca no quarto trimestre fiscal de 2025, com impacto na participação de mercado e na estratégia de vendas diretas ao consumidor.
A Nike anunciou nesta quinta-feira (27) uma queda inesperada nas vendas para o ano fiscal de 2025, após vendas decepcionantes no quarto trimestre fiscal evidenciarem o enfraquecimento de sua participação de mercado e sua estratégia direta ao consumidor. As ações da Nike caíam 12% nas negociações pós-mercado, após a Nike também prever declínio maior do que o esperado nas receitas do primeiro trimestre fiscal.
Os esforços da empresa para impulsionar mais vendas por meio do seu canal direto ao consumidor não deram resultado, com clientes mais cautelosos em relação a gastos não essenciais. A Nike espera um recuo de cerca de um dígito na receita anual, em comparação com as estimativas de um aumento de 0,91%. ‘A desaceleração nas vendas totais e na Nike Direct é difícil de ignorar’, afirmou um porta-voz da marca.
Desafios e Estratégias da Nike para o Crescimento
A Nike está focada em encontrar maneiras de impulsionar seu crescimento, conforme destacado por Zachary Warring, analista da CFRA Research. A empresa, renomada fabricante de artigos esportivos, enfrenta competição acirrada no mercado, especialmente com marcas como Adidas, que estão ganhando terreno com produtos como os tênis Gazelle e Samba, de estilo retrô.
Apesar de ter elaborado um plano para simplificar seu portfólio, a Nike ainda enfrenta obstáculos para reavivar a demanda. A inovação e o lançamento de novas linhas de produtos são processos que demandam tempo e esforço. A receita líquida da Nike teve uma queda de 1,71%, atingindo US$ 12,61 bilhões, abaixo das expectativas dos analistas.
No entanto, a empresa implementou um plano de redução de custos de US$ 2 bilhões, que incluiu cortes de empregos em larga escala, resultando em um lucro ajustado de US$ 1,01 por ação, superando as previsões iniciais. A Nike também enfrenta desafios em mercados internacionais, como a China, onde o tráfego nas lojas físicas diminuiu significativamente em relação ao ano anterior.
Os ventos contrários, como a fraqueza nos negócios digitais e promoções mais agressivas, devem impactar o desempenho da Nike no ano fiscal de 2025. O diretor financeiro da empresa, Matthew Friend, prevê uma queda de cerca de 10% na receita do primeiro trimestre fiscal, em contraste com as expectativas iniciais de uma redução de 3,16%.
A Nike está trabalhando arduamente para superar esses desafios e manter sua posição de destaque no mercado. A estratégia da empresa para o futuro envolve um foco contínuo no consumidor, explorando canais diretos para atingir um crescimento sustentável. A concorrência acirrada e as mudanças no cenário global exigem que a Nike esteja sempre inovando e se adaptando para garantir sua participação de mercado e sucesso a longo prazo.
Fonte: © CNN Brasil
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