Pesquisas sugerem um maior intervalo entre exames de rastreamento de câncer colorretal, podendo reduzir exames invasivos innecessários para indivíduos não examinados antecessoramente, sem aumentar taxa de incidência ou mortalidade de câncer no período, referente aos exames de colon e íleo, conforme padrão, sem terminal.
Uma pesquisa recente indica que é válido considerar estender o período entre as colonoscopias – procedimento fundamental para detectar o câncer colorretal – de 10 para 15 anos.
É fundamental estar atento aos avanços na prevenção do câncer colorretal e seguir as recomendações médicas para a realização dos exames de rastreamento. A detecção precoce é essencial para um tratamento eficaz do câncer colon-retal.
Ampliando o Intervalo Entre Exames de Colonoscopia Para Rastreamento do Câncer Colorretal
Realizado por pesquisadores da saúde de vários países e publicado na revista científica JAMA Network Open em 2 de abril, o estudo destaca a importância da colonoscopia como exame de colon e íleo terminal para detectar o câncer colorretal. Esse procedimento permite a observação detalhada da superfície intestinal, aumentando as chances de sucesso no tratamento.
A recomendação atual é repetir o exame a cada 10 anos após um resultado negativo para o câncer. No entanto, evidências recentes sugerem a possibilidade de ampliar esse período. Em estudo de 2023, foi constatada baixa prevalência sustentada de câncer colorretal avançado 10 anos após uma colonoscopia negativa, o que abre espaço para estender o intervalo entre os exames.
Para a pesquisa atual, os cientistas avaliaram 110.074 adultos suecos sem histórico familiar de câncer colorretal, com resultados negativos na primeira colonoscopia de rastreamento entre 1990 e 2016. A média de idade era de 59 anos, e a maioria dos participantes era do sexo feminino. O objetivo era comparar os resultados de câncer colorretal entre esse grupo e indivíduos sem histórico familiar que nunca fizeram o exame antes.
Analisando a taxa de incidência padronizada e a taxa de mortalidade padronizada em 10 anos, os pesquisadores concluíram que o grupo que passou pela primeira colonoscopia negativa apresentou menor risco de desenvolver o câncer e de morrer dele em um período de 15 anos. Portanto, sugerem estender o intervalo entre os exames de colonoscopia para 15 anos, visando evitar procedimentos invasivos desnecessários.
Apesar dos resultados promissores, os autores do estudo reconhecem limitações, como a representatividade dos participantes majoritariamente brancos e suecos, o que pode não refletir a realidade de outras populações. Essa ressalva destaca a necessidade de mais pesquisas para embasar recomendações mais amplas e eficazes no rastreamento do câncer colorretal.
Fonte: © CNN Brasil
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