Processos seletivos no Ensino Superior mantêm foco no conteúdo tradicional do Ensino Médio, ignorando atividades além das disciplinas obrigatórias.
O presidente Lula aprovou, com restrições, a legislação que estabelece o frescor Ensino Técnico. A decisão foi divulgada em uma publicação no Diário Oficial da União desta quinta-feira (1º) e modifica o estatuto de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Os novos caminhos educacionais visam fortalecer os itinerários formativos, proporcionando aos estudantes mais opções de rotas de estudo e percursos de aprendizagem. Além disso, a lei promove a diversificação dos trajetos educacionais, possibilitando uma formação mais abrangente e adaptada às necessidades atuais da sociedade.
Novas Diretrizes para os Itinerários Formativos
O recente veto do governo em relação à inclusão dos itinerários formativos nos vestibulares e no Enem gerou controvérsias e debates no cenário educacional. Mas afinal, o que são os itinerários formativos? São os trajetos educacionais que permitem aos alunos do Ensino Médio ampliar seus horizontes além das disciplinas obrigatórias, explorando áreas específicas de interesse.
A proposta inicial do Congresso permitiria que os alunos escolhessem uma área de conhecimento para as avaliações, independente do itinerário percorrido no Ensino Médio. No entanto, com o veto em vigor, os processos seletivos para o Ensino Superior continuarão focando apenas nas disciplinas tradicionais.
Além disso, foi proibido o parágrafo que determinava a implementação de mudanças na lei somente em 2027, incluindo a carga horária mínima dos cursos. A nova legislação estabelece 2.400 horas para disciplinas obrigatórias e 600 horas para disciplinas optativas. Entre as disciplinas obrigatórias em todos os anos estão português, inglês, artes, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.
Os itinerários formativos devem estar inseridos em uma das quatro áreas específicas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas aplicadas. Cada escola deve oferecer no mínimo dois itinerários, com exceção daquelas que oferecem ensino técnico, que possuem 2.100 horas de disciplinas obrigatórias.
Outra mudança significativa é a possibilidade de 300 horas destinadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em cursos técnicos. A exigência de formação geral básica presencial será mantida, com a mediação tecnológica permitida em situações especiais. A partir de 2025, os sistemas de ensino deverão adotar o novo currículo do Ensino Médio.
Organizações do setor educacional expressaram opiniões divergentes em relação às mudanças propostas. Enquanto alguns estudantes criticaram o texto, outras entidades, como a ONG Todos Pela Educação, consideraram a reforma como uma evolução significativa em relação à versão original.
Para a ONG, o aumento do tempo para a Formação Geral Básica representa um avanço, juntamente com a definição mais clara dos conteúdos abordados nessa fase. A reforma, apesar de suscitar debates, busca aprimorar o Ensino Médio e preparar os alunos para os desafios dos processos seletivos futuros.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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