Cientistas descobrem que super-idados, idosos saudáveis com intelecto ativo, possuem cérebro mais conectado no hipocampo, entorrinal e cortex, além de melhor metabolismo e baixa pressão arterial, mantendo mobilidade e saúde mental, envelhecendo lentamente com baixo açúcar no sangue.
Já ouviu falar dos super-idosos? O termo se refere a idosos com boas habilidades cognitivas que apresentam desempenho semelhante ao de pessoas décadas mais jovens.
Esses super-idosos são reconhecidos por sua extraordinária capacidade de memória, destacando-se no grupo de idosos com excelente memória. Mesmo com o passar dos anos, eles mantêm suas mentes afiadas, sendo verdadeiros exemplos de vitalidade e agilidade mental.
Estudo aponta particularidades cerebrais dos idosos super-idosos
Em outras palavras, há um grupo especial de idosos, com boas habilidades cognitivas, que desafiam as expectativas de declínio cognitivo associado ao envelhecimento. Enquanto a maioria das pesquisas sobre envelhecimento e memória foca nas pessoas idosas que desenvolvem demência, um novo estudo da Universidade de Madrid, publicado no Journal of Neuroscience, lança luz sobre os ‘super-agers’ e o que torna seus cérebros únicos.
A pesquisa revelou que os idosos com excelente memória tinham menos atrofia cerebral em comparação aos demais. Seus cérebros mostravam maior volume em regiões cruciais para a memória, como o hipocampo e o córtex entorrinal. Além disso, exibiam uma conexão mais preservada entre áreas frontais associadas à cognição.
É importante notar que tanto os ‘super-agers’ quanto o grupo de controle não apresentaram sinais significativos de doença de Alzheimer em seus cérebros.
Fatores contribuintes para o status de super-idados
Os especialistas ainda não compreendem completamente como alguém se torna um ‘super-ager’, mas observaram diferenças nos hábitos de saúde e estilo de vida entre os grupos. Os super-idosos demonstraram melhor saúde física, com níveis mais saudáveis de pressão arterial e metabolismo da glicose, além de se saírem melhor em testes de mobilidade.
Embora não tenham demonstrado ser mais ativos do que o grupo controle, os super-idosos eram mais ativos na meia-idade e reportaram melhor saúde mental. Curiosamente, não foram encontradas diferenças marcantes nos marcadores biológicos que pudessem explicar as discrepâncias na cognição e memória entre os grupos.
Um fator determinante destacado foi a presença consistente de fortes conexões sociais entre os super-idosos, sugerindo que talvez haja uma predisposição genética ou mecanismo de resistência cerebral ainda não compreendido.
A importância da detecção precoce de problemas de memória em idosos
É crucial monitorar de perto a memória dos idosos, especialmente se houver impacto negativo em suas vidas pessoais ou profissionais. Familiares muitas vezes são os primeiros a perceber sinais preocupantes de perda de memória, especialmente em casos de doença de Alzheimer.
Para prevenir possíveis problemas de memória, manter o cérebro ativo é fundamental. Praticar exercícios físicos, aprender novas habilidades e manter conexões sociais fortes são estratégias importantes para promover uma saúde mental robusta ao longo do envelhecimento.
Fonte: @ Minha Vida
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