Produção da empresa de mineração nos nove primeiros meses do ano está 20% acima do mesmo período de 2023, com alta do ouro, impulsionando o crescimento consecutivo como prestador de serviços de extração de rochas duras em full capacity, com mais de 1 milhão de onças equivalentes.
A mineradora Aura Minerals, liderada por Rodrigo Barbosa, tomou uma decisão estratégica em sua mina de Almas, localizada no estado do Tocantins, no meio do segundo trimestre. A empresa optou por substituir a empresa responsável pelos serviços de extração de ouro no local, visando melhorar a eficiência e a produtividade da mina. Almas é o primeiro projeto greenfield da mineradora no Brasil e entrou em operação no ano passado.
A mudança na empresa de extração de ouro é um passo importante para a Aura Minerals, pois permitirá que a mineradora otimize seus processos e aumente a produção de metal precioso. Além disso, a empresa também busca melhorar a gestão dos recursos naturais, incluindo a prata, que é frequentemente encontrada em conjunto com o ouro. Com essa mudança, a Aura Minerals espera aumentar sua participação no mercado de ouro e consolidar sua posição como uma das principais mineradoras do Brasil. A busca por eficiência é fundamental para o sucesso da empresa.
Ouro: Um Investimento Sólido
A escolha da Aura por um prestador de serviços com menos experiência em mineração de ouro, mas com custo 10% a 15% menor, foi um risco calculado. No entanto, à medida que as rochas duras começaram a surgir, as dificuldades também aumentaram. ‘Precisamos de rapidez para trocar e recuperar a produtividade’, afirma Barbosa, CEO da Aura, em entrevista ao NeoFeed. A produção de ouro da mina de Almas atingiu 14.975 onças equivalentes no terceiro trimestre, um aumento de 42% em relação ao segundo trimestre.
O crescimento da produção de Almas contribuiu para que a Aura alcançasse um total de 68.246 onças equivalentes de ouro no terceiro trimestre, um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse foi o quinto trimestre consecutivo de crescimento da empresa. Com a recuperação de Almas, o crescimento da mina hondurenha de Minosa e a estabilidade da mina mexicana de Aranzazu, o desafio da Aura está na mina Apoena, em Mato Grosso.
Desafios e Oportunidades
A mina Apoena registrou uma queda de 28% na produção em 12 meses devido a um atraso na aprovação de um novo local de exploração e à chegada de materiais mais duros, que exigem mais tempo para serem extraídos. No entanto, segundo Barbosa, o quarto trimestre já deve mostrar um avanço, embora não seja a solução completa para o ritmo desejado. Ao longo deste segundo semestre, o resultado da Aura será impactado pelo preço de venda do ouro, que está US$ 400 por onça acima do semestre anterior.
Com um valor de mercado de R$ 4,6 bilhões, a Aura é listada na bolsa de valores do Canadá e acumula alta de 82% no ano. O ouro e a prata estão em alta, e a Aura está bem posicionada para aproveitar essa tendência. ‘Estou produzindo mais, com preço de venda maior e custo potencialmente menor. É uma alavanca significativa para o resultado’, afirma Barbosa. A empresa está confiante em alcançar o guidance deste ano, que está entre 244 mil e 292 mil onças equivalentes de ouro.
Fonte: @ NEO FEED
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