Estudo da Febraban: nos últimos seis meses, brasileiros se preocupam com inflação e discutirá-se em reuniões de Copom do Banco Central. Expectativas do mercado financeiro desacelera, IPCA-15 e Taxa-de-juros-Selic estão na mente. A situação pessoal vive afetada, autorrealização da média-de-reunições da Comitê-Política-Monetária. Brasil. Percepção populacional: inflação.
As decisões sobre a Selic, a taxa básica de juros, têm impacto direto na inflação brasileira. Neste momento, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está reunido para definir os rumos da economia. Com a expectativa de redução da taxa dos atuais 10,75% ao ano, a preocupação com a inflação está presente entre os cidadãos, que temem por possíveis desdobramentos na economia.
Além disso, a movimentação da Selic influencia não apenas a inflação, mas também os juros cobrados em empréstimos e financiamentos. Essa ligação entre as taxas de juros e os preços-produtos pode impactar os desembolsos das famílias e empresas, afetando as expectativas de consumo e investimento. Portanto, a busca por medidas que promovam a desinflação e estimulem o crescimento econômico é essencial neste contexto.
A percepção da população em relação à inflação e aos juros
Pelo menos 48% dos brasileiros acreditam que a taxa de juros está fadada a aumentar, conforme aponta um recente estudo de opinião. Em paralelo, quanto à inflação, 57% dos entrevistados visualizam um movimento ascendente nesse quesito. No que tange ao endividamento das pessoas e famílias, 56% dos participantes da pesquisa apostam em uma elevação nesse indicador. Entretanto, apenas 37% dos entrevistados vislumbram um aumento no acesso ao crédito tanto para indivíduos quanto para empresas.
Sete em cada dez brasileiros avaliam que a inflação ainda representa uma significativa preocupação. Segundo o levantamento, esse segmento da população percebe um aumento nos preços dos produtos ou uma significativa alta nos últimos seis meses. A percepção, mapeada durante o segundo bimestre de 2024, está em ascensão, apesar de ainda se encontrar abaixo do patamar registrado em dezembro de 2022, quando atingiu a marca de 79%.
Na ótica dos entrevistados, os alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico são os itens que mais impactaram a inflação, citados por 73% dos participantes. Em seguida, aparecem os gastos com serviços de saúde privada e medicamentos, com 33% das menções, além dos combustíveis, mencionados por 27% das pessoas entrevistadas.
Expectativas sobre a taxa de juros e perspectivas de desinflação
A aposta dos brasileiros contrasta com as probabilidades calculadas pelo Termômetro do Copom, conforme informado pelo Valor Investe. Enquanto os negociantes do mercado financeiro projetam uma probabilidade de 82% de queda de 0,25 ponto percentual na Taxa de Juros Selic, 15% esperam um corte maior, de 0,50 ponto percentual, em uma possível decisão anunciada no dia seguinte.
Houve uma mudança significativa nas expectativas do mercado financeiro a partir de meados de abril, quando as apostas de corte da Selic com uma intensidade de 0,50 ponto percentual começaram a diminuir. No entanto, existem elementos que podem contribuir para que a percepção dos brasileiros em relação à inflação não se efetive da maneira esperada.
Na última ata do Copom, os membros do Comitê de Política Monetária reconheceram que o processo de desinflação está em andamento, ainda que em um ritmo gradual. Apesar disso, apontaram que a Taxa de Juros Selic deve continuar em queda, com base na análise de diversos indicadores-chave. Entre eles, destaca-se a desaceleração do IPCA-15 em abril, que superou as expectativas e pode trazer certo alívio para o mercado.
Por outro lado, as expectativas de inflação seguem aquecidas, e seu potencial autorrealizável preocupa as autoridades monetárias. A visão otimista, apesar da percepção sobre a inflação, é compartilhada pela maioria dos brasileiros (56%) que mantêm uma postura positiva em relação à situação do Brasil e de sua vida pessoal, refletindo as expectativas favoráveis registradas no início do ano, de acordo com a pesquisa.
A percepção de que a situação econômica no Brasil está melhor do que em 2023 permanece relativamente estável, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Dos entrevistados, 46% mantêm um olhar otimista, enquanto o nível de pessimismo variou de 22% para 23%. Além disso, uma parcela considerável avalia a situação atual como equivalente à de 2023, passando de 29% para 30%.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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